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Economia brasileira encolhe ainda mais e deixará de ser uma das 10 maiores do mundo

Estudo realizado pela FGV aponta que a economia brasileira diminuirá 400 bilhões em 2020 e, pela primeira vez em meio século, deixará de ser uma das 10 maiores economias do mundo

segunda-feira 9 de novembro de 2020 | Edição do dia

Estudo realizado pelo Instituto Brasileiro de Economia da Faculdade Getúlio Vargas (IBRE-FGV) aponta que a economia brasileira foi seriamente enfraquecida em 2020 e deixará o grupo das 10 maiores economias do mundo pela primeira vez em mais de meio século, com uma diminuição de quase 25% de sua economia em relação a 2019.

Segundo o estudo dos economistas Marcel Balassiano e Cláudio Considera, o PIB brasileiro passaria de 1,8 trilhões de dólares (cerca de 9,6 trilhões de reais) em 2019 para 1,4 trilhões de dólares (7,5 trilhões de reais) em 2020. Essa queda fará com que a economia brasileira seja menor que as economias do Canadá, da Coreia do Sul e da Rússia, que seriam a nona, décima e décima primeira maiores economias do mundo, respectivamente.

Segundo os economistas, só uma parte dessa queda pode ser explicada pela pandemia de COVID-19, pois o fator principal seria a forte desvalorização do real frente ao dólar, que já passa dos 40% em 2020 e tem suas raízes no que os rentistas e milionários enxergam como um aumento no risco do Brasil, especialmente em relação a um suposto desequilíbrio fiscal.

Entretanto, como os pesquisadores ressaltam, essa queda é parte de uma derrocada mais antiga e mais profunda, uma vez que entre 2011 e 2014 o Brasil foi a sétima maior economia do mundo, inclusive com expectativa de se tornar a sexta em poucos anos, expectativa que nunca se realizou. De lá pra cá, o Brasil caiu para a oitava economia em 2017 e nona em 2018, acompanhando os cortes econômicos recessivos e elitistas dos governos Temer e Bolsonaro.

Os pesquisadores apontam que a retração poderia ser ainda maior se não tivessem sido adotadas medidas de proteção aos mais pobres, como o auxílio emergencial, com o FMI projetando agora queda de 5,8% para 2020, enquanto projetava queda de quase 10% no início da economia, o indica que o fim do auxílio emergencial em janeiro pode trazer uma piora mais aguda na economia em 2021.

FONTE: Agencia estado




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