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CORONAVÍRUS | EUA | Greve nacional dos trabalhadores da Whole Foods: Nossas Vidas Também São Essenciais

Trabalhadores da Whole Foods (EUA) entraram em uma greve de escala nacional na terça-feira (31) denunciando a falta de medidas de segurança contra o Coronavírus. É a primeira vez que ocorre um protesto nacional contra a companhia desde 1980 e a primeira desde que foi comprada pela Amazon.

quinta-feira 2 de abril de 2020 | Edição do dia

Foto: Getty/Noam Galai

Trabalhadores da Whole Foods não se apresentaram no trabalho para exigir licença médica a empregados que estão em auto-isolamento, testagem gratuita aos funcionários e adicional de insalubridade de o dobro do atual valor da hora de trabalho, para os que se apresentarem na empresa durante a pandemia. Como parte da Amazon, os trabalhadores da gigante dos supermercados também receberam um aumento de $2 a hora, mas estão exigindo um aumento de o dobro desse valor, dado os riscos envolvendo estar nas linhas de frente.

Em diversas cidades, casos positivos de COVID-19 foram relatados em mercados da Whole Foods, mas as lojas permaneceram abertas. Além disso, há relatos de medidas sanitárias inadequadas nos locais de trabalho e na entrega de pedidos. Embora a Amazon tenha anunciado que pagaria os funcionários que precisarem se colocar em quarentena, vários deles denunciaram que não receberam licença remunerada.

Apesar do fato de que os trabalhadores de entregas e de mercados estão sendo considerados "realizando trabalho essencial", eles são tratados como descartáveis ​​pela multinacional de Jeff Bezos.

A Whole Foods e a Amazon estão se preparando para contratar 100.000 trabalhadores durante a pandemia, mas não se preocupam com a segurança ou as vidas deles. Tanto a empresa quanto Bezos estão aumentando seus lucros em bilhões desde o início da pandemia. A empresa-mãe da Whole Foods já enfrentou essa semana uma paralisação de trabalhadores em um armazém da Amazon em Staten Island.

Trabalhadores em grandes supermercados, produtos farmacêuticos, delivery e outros serviços essenciais, juntamente com profissionais de saúde, são chamados de heróis, mas nem os empregadores nem o governo garantem que suas vidas estão seguras. Enquanto bilionários estão escondidos em suas mansões, é a classe trabalhadora que está fazendo tudo funcionar. Mas, para fornecer os serviços essenciais de que precisamos durante a pandemia, os trabalhadores precisam de EPIs e salários mais altos. Os chefes sequer nos dão essas pequenas medidas. Portanto, é necessário que toda a classe trabalhadora apoie a luta dos trabalhadores da Whole Foods e de todos aqueles que estão protestando. É hora de se unir em uma grande greve nacional para exigir medidas contra o coronavírus. Não pagaremos pela crise com nossas vidas.

Este artigo foi originalmente publicado no Left Voice, portal irmão do Esquerda Diário. Tradução para o ED: Caio Reis




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