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MOBILIZAÇÃO ESTUDANTIL | É urgente que os estudantes do IE lutem contra o impeachment, a perda de direitos e os cortes na educação.

terça-feira 19 de abril de 2016 | Edição do dia

Ontem foi aprovado na câmara dos deputados o pedido de impeachment da presidenta Dilma Rousseff. Com uma votação longa e conturbada, o espetáculo que vimos na televisão foi um show de reacionarismo e conservadorismo por parte da direita tradicional de um lado. Centenas de deputados, donos de intermináveis privilégios e denunciados por corrupção e diversos outros crimes, sequestraram a vontade de milhões de votantes para impor um rumo ao país ainda mais reacionário.

Os votos pela retirada de Dilma foram um desfile de reacionarismo em nome da PM, das Forças Armadas, dos ruralistas que perseguem indígenas, da igreja e da família patriarcal e até mesmo da ditadura militar e do torturador General Brilhante Ulstra. Mostrando o quão reacionário é essa direita a favor do impeachment.

E isso tem tudo a ver com os ajustes: basta olharmos o editorial do Estadão dessa segunda, falando que os índices econômicos brasileiros encontram-se numa situação pior que Espanha e Grécia.
Para o Estadão “sem a solução da crise política e moral que paralisa o País, nada avançará.”.

Esses conservadores que querem ajustes mais profundos destilam seus discursos de ódio às mulheres, negros, LGBTs e trabalhadores, ainda hipocritamente diziam votar pela juventude. São exatamente os setores sob quem recaem os ajustes do governo do PT e sob quem se aprofundará os ataques através de mais demissões, mais terceirização e mais cortes na educação, para além das bolsas já cortadas e da merenda reduzida.

Para os economistas, ou que se pretendem economistas, é muito importante denunciar a ligação dos discursos de ódio contra quem pesará os ajustes. É muito importante compreendermos que Dilma, para favorecer os banqueiros e empresários que detém a dívida pública, paga os juros religiosamente mas corta de todas as áreas sociais e investimentos, precarizando saúde e educação e desempregando milhões. Mas para esses reacionários não tem sido suficiente, não a toa a FIESP, o sindicato dos maiores empresários do Brasil, também apoia o impeachment e propõe aprofundar a terceirização.

Os estudantes do IE no meio do turbilhão

É incrível como nossas salas de aula permanecem silenciosas sobre esses debates. Enquanto os professores se posicionam contra o impeachment na Congregação, sem citar os ajustes do PT, muitos permanecem estéreis na sala de aula e inclusive impedem os alunos de debater. Para grande parte dos nossos professores só poderemos debater a economia e a política nacional quando tivermos um canudo na mão.

Para a Faísca, os estudantes podem e devem ser sujeitos de debater as grandes questões nacionais. Devemos nos espelhar naqueles secundaristas que ocupam suas escolas seja no RJ ou em SP, nos trabalhadores que ocupam suas fábrica e fazem greve contra as demissões.

Devemos buscar nas assembleias construir uma forte paralisação contra o impeachment. Que aproveitemos a paralisação para nos aprofundarmos em como combater esses reacionários, sem deixar de criticar e lutar contra os ajustes e ataques do PT. Os estudantes do IE devem ser exemplos para outros institutos e universidade em lutar contra o impeachment, e os ataques do governo. Devem ser exemplos em como lutar por outra alternativa.




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