O prefeito de São Paulo, João Doria (PSDB), defendeu nessa segunda-feira, 26, a saída definitiva do senador afastado Aécio Neves (PSDB-MG) do comando da legenda.
terça-feira 27 de junho de 2017 | Edição do dia
Foto: Paulo Freitas
Doria se posicionou pelo afastamento definitivo de Aécio Neves do comando do PSDB. O mineiro é alvo de nove inquéritos no Supremo Tribunal Federal (STF) e está licenciado do comando do partido após vazamento de gravações em que ele supostamente teria pedido propina no valor de R$ 2 milhões ao dono da JBS, Joesley Batista.
Junto do polêmico pronunciamento de FHC e de alguns parlamentares tucanos por “eleições diretas” e por “desembarcar” do governo Temer e após saída de Miguel Reale Jr. do partido, posicionamento de Doria é mais um elemento de crescente tensão interna entre os tucanos.
Em entrevista à Rádio Jornal de Pernambuco, Doria afirmou que o tempo de Aécio no comando passou e que ele deve deixar o cargo: "ele tem de concentrar o tempo dele na própria defesa e deixar que o partido seja conduzido por outro nome, eleito".
Questionado sobre a recente defesa de eleições diretas feita pelo ex-presidente Fernando Henrique Cardoso, Doria divergiu. Afirmou que a antecipação de uma eleição só agravaria a situação do País.
O prefeito de São Paulo defendeu a permanência do partido na base aliada do presidente Michel Temer sob o argumento de que "o apoio do PSDB é ao Brasil e não a Temer". "Os fatos são graves, mas não apresentam abandono ao governo Temer", afirmou.
Ele também voltou a defender o nome do governador de São Paulo, Geraldo Alckmin (PSDB), seu padrinho político, para a disputa de 2018. "Tenho muito respeito por Alckmin e o governador tem toda a preferência e o meu apoio. Ele será o candidato", afirmou o prefeito de São Paulo.
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Com informações da Agência Estado.
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