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SÃO PAULO | Doria posa de bom moço mas esconde do povo os contratos emergenciais feitos na pandemia

quinta-feira 21 de maio de 2020 | Edição do dia

O Estado de São Paulo, governado por João Doria, é o segundo pior em todo o território nacional em matéria de transparência de contratos emergenciais celebrados durante a pandemia. Doria perde apenas para Antônio Denarium, bolsonarista do PSL governador de Roraima.

O dado é de um estudo realizado pela ONG Transparência Internacional, que divulgou o ranking dos Estados brasileiros baseado na quantidade de informações disponíveis nos portais de transparência, Diários Oficiais e etc. O coordenador da pesquisa, Guilherme France, afirma o que é óbvio: "A flexibilização dos controles e a realização dos procedimentos sem o processo licitatório acabam aumentando o risco de corrupção".

Isso tudo enquanto Witzel, outro governador, se vê em meio à operação Favorito, envolto em denúncias que apontam a ligação de seu governo com Mario Peixoto e com o superfaturamento de contratos emergenciais durante a pandemia.

Não é preciso lembrar que Doria, queridinho da Folha de Sp, Globo e Estadão, já se viu envolvido em escândalos como a da "ração humana", em contratos que envolviam a prefeitura de SP e organizações religiosas disfarçadas de "comunidades terapêuticas". O escândalo, é claro, foi abafado, afinal além de linha de frente do PSDB, Doria representa os interesses de grandes capitalistas nacionais - os mesmos que financiaram o golpe de 2016 e que aderiram ao BolsoDoria.

Enquanto fala em necessidade de atacar trabalhadores, implementando ataques contra servidores estaduais como a reforma da previdência, na base da repressão - o braço armado do estado que também exerce o terror em comunidades como Paraisópolis - Doria abre espaço para empresários capitalistas lucrarem com os contratos emergenciais durante a pandemia.

Segundou outro direitista, o governador do Mato Grosso Mauro Mendes (DEM), os hospitais de campanha contratados pelo Doria teriam tido o mesmo custo que obras realizadas para construir Hospitais definitivos - segundo Mendes, entre 15 e 20 milhões de reais. Mendes também não está nada preocupado com as contas públicas e sua transparência: lançou a afirmação contra Doria no contexto que teve que se defender de críticas por ter aumentado as gratificações de cargos comissionados em meio à pandemia, em seu governo.

A Transparência Internacional não fala mais do que o óbvio, porém, como ONG, segue a linha de dar transparência ao estado capitalista, que é corrupto em sua essência. É mais que necessário levantar o livre acesso a todos os contratos e todas as contas pública do Estado de São Paulo. Abertura imediata dos livros de contabilidade dos governos e dos empresários capitalistas! Os trabalhadores que pagam os impostos e produzem as riquezas são os que devem decidir sobre os investimentos públicos para combater a covid-19, levando adiante também a reconversão produtiva da indústria para atender as necessidades do povo e não do lucro de um punhado de empresários.




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