terça-feira 24 de janeiro de 2017 | Edição do dia
Foto: Ricardo D’angelo
Nesta manhã, 24, Doria insistiu em defender a presença da Guarda Civil Metropolitana de São Paulo na porta de sua mansão. A GCM faz vigilância da mansão desde a posse do milionário no dia 1 de janeiro, mas nesta semana Doria tem mais motivos para querer proteger seus muros contra a revolta da arte urbana que ele quer sufocar, deixando São Paulo completamente cinza, depois de destruir o maior mural de grafite da América Latina.
Doria quis ressaltar que: “Está dentro da lei. Eu não moro em apartamento. Em prédio você tem recurso, tem proteção”, como se lhe faltassem recursos para proteger sua mansão. O prefeito completou ainda que não quer expor seus vizinhos do Jardim Europa e que “o prefeito não vai ficar exposto, muito menos os meus filhos”. Enquanto o prefeito almofadinha se preocupa em não incomodar os vizinhos e “proteger os filhos”, autoriza a retirada de cobertores de moradores de rua e bate em quem se manifesta contra a miséria do cinza.
O prefeito que em sua campanha eleitoral prometeu que tiraria a GCM da função de aplicar multas, para que pudesse voltar a “sua verdadeira função”, vem mostrando para o que de fato serve a instituição, bem como toda polícia: reprimir a arte urbana multando, prendendo pichadores e violentando a juventude pobre enquanto protege mansões de políticos milionários contra manifestações de descontentamento com sua política higienista.
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