×

DÓRIA CORTA DAS CRIANÇAS | Doria duplica a fila de espera nas creches em apenas 6 meses

Dória realizou a segunda redução para este ano no número destas novas vagas e a resposta para o aumento é o que todos sabemos que ele faz: descarrega os problemas nas costas das crianças e funcionários para privatizar depois.

sexta-feira 15 de setembro de 2017 | Edição do dia

No último dia 14, a prefeitura de São Paulo, assinou um termo de compromisso com a justiça para a criação de novas vagas em creche, que é para crianças de 0 a 3 anos, além de fixar um limite máximo de alunos por professor. Apesar do número de vagas chamar atenção – 85 mil – é necessário se atentar que este número se refere a criação de novas vagas até o fim do mandato de João Dória (PSDB-SP) e que ainda para o ano de 2017 a Secretaria Municipal da Educação já realizou a diminuição da meta de criação de vagas – de 43 mil para 30 mil – sendo que este estágio educacional é o principal gargalo da educação municipal.

Este número de vagas novas – mesmo para o período total, mandato de Doria – é muito inferior a demanda, já que os dados obtidos para o mês de Junho deste ano evidenciam a necessidade de 104.268 vagas para atender todas as crianças que precisam de creche na capital.

Sobre a redução do número de vagas para o ano de 2017 vale ressaltar que é a segunda vez que que a gestão realiza esta diminuição, sendo que na campanha eleitoral de Doria o prefeito havia se comprometido em zerar a fila da creche já no seu primeiro ano de mandato, com a criação de 65 mil novas vagas, mas, como já colocado, este número realmente não atenderia toda a demanda. Segundo Alexandre Schneider, secretário municipal de Educação – o mesmo que alegou que a notícia do racionamento de merendas era “fake”– a primeira redução foi decorrente a “restrição financeira, pela necessidade de criar um sistema de regulação (da rede conveniada)". De acordo com a prefeitura, até dezembro, terão mais aproximadamente 23 mil - nas redes própria e conveniada – já que até o momento já foram matriculados 7.139 em creches, com o uso de vagas ociosas na rede direta (pública) e conveniada (privada).

Para tentar cumprir a nova meta reduzida estabelecida, Doria mostra como resolve problemas públicos: com privatização! A prefeitura realizará 185 novos convênios para Centros de Educação Infantil por R$ 50 milhões - o que vai criar 20,5 mil vagas. Terão prioridade áreas com maior demanda, como Capela do Socorro, Santo Amaro e Campo Limpo, na zona sul, e Jaçanã e Tremembé, na zona norte. E de onde vem a verba para tais convênios? Vem da mudança no programa Leve Leite, ou melhor colocando: do corte da distribuição do leite em pó para maiores de 7 anos e para uma parcela das crianças entre as de até 6 anos, como já havíamos mostrado aqui.

Segundo a advogada Alessandra Gotti, do Grupo Interinstitucional de Educação Infantil: "Há pressão grande para ampliar a oferta de vagas, mas queremos garantia de acesso e qualidade". Não há mais incoerência do que tal frase já que desde o começo da gestão de Dória a educação vem sofrendo grandes golpes! Para o advogado e conselheiro da Fundação Abrinq Rubens Naves, é importante que a Prefeitura fiscalize a qualidade dos novos equipamentos. "Criar vagas é um compromisso fundamental e dever da Prefeitura; porém, expansão sem qualidade impede formação digna dos cidadãos em ambiente que lhes propicie o florescimento de seus potenciais." Esse pensamento mostra que realmente a esperança é a última que morre, ou melhor colocando: que ainda existem pessoas que acreditam na “qualidade” de gestor do João o trabalhador, deixando de lado os inúmeros relatos de que tal preocupação não existe já que diversas crianças só conseguem vagas em locais muito distantes de suas residências.

Leia também: Doria destrói mercadorias e ameça milhares de trabalhadores que sofrem com o desemprego

Não podemos acreditar nestas promessas furadas, nem mesmo no discurso que usavam: “ a educação é a saída para tudo” já que tempos em tempos, estes políticos mostram sua real faceta: educação é um dos setores para garantir que o lucro das empresas e, para tal, deve-se descarregar toda a crise nas costas dos trabalhadores e em seus filhos. Ou seja: precarizar para privatizar!

Devemos exigir que as centrais sindicais, os funcionários da educação – todas as categorias – juntamente com os pais e alunos se mobilizem e digam um basta a estes ataques. Juntos podemos fazer este político que comanda para os empresários, transvestido de gestor/trabalhador, recue! Somente com retomando o caminho da greve geral poderemos mudar este e todos os outros ataques.




Comentários

Deixar Comentário


Destacados del día

Últimas noticias