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CESÁREA SEM RECOMENDAÇÃO | Doria diz que sancionará lei da cesárea de Janaína Paschoal, atacando saúde das mulheres

quinta-feira 15 de agosto de 2019 | Edição do dia

O Brasil já é o segundo país com maiores taxas de cesáreas no mundo, contrariando qualquer recomendação médica e configurando uma "epidemia" de partos desse tipo, que deveriam ser feitos apenas em casos muito específicos. Isso já é uma evidencia da negligência dos médicos e do Estado brasileiro em relação à saúde das mulheres.

Contudo, para Janaína Paschoal (PSL), que propôs uma lei para liberar cesáreas mesmo sem recomendação médica, parece não ser o suficiente. Agora, João Doria, governador do PSDB, disse concordar, alegando que irá sancionar o projeto aprovado na Assembleia Legislativa.

Além da negligência à saúde das mulheres, induzindo a uma prática que pode trazer diversas consequências, há ainda um interesse econômico por trás, já que os médicos podem recusar o plano de saúde das pacientes e propor cesáreas para aumentarem seus ganhos.

Janaína Paschoal, perversamente oculta isso sob uma demagogia de "liberdade de escolha" das mulheres, quando a realidade mostra que o que ocorre é a falta de informação por parte dos médicos, a coerção para que sejam feitas cesáreas, o que se intensificará ainda mais com a aprovação dessa lei. Segundo ela, as mulheres poderão "optar" pela cesariana no Sistema Único de Saúde (SUS) a partir da 39ª semana de gravidez, mesmo antes de entrar em trabalho de parto e sem indicação clínica.

Atualmente, na maioria dos casos, a cesariana só é feita no SUS quando há indicação médica, como quando o bebê não está na posição correta ou em determinadas condições de saúde da mãe.

Enquanto acabam com o SUS e a saúde dos trabalhadores, retirando aposentadorias e direitos, os governos e políticos da direita querem impôr às mulheres a "livre opção" de serem coagidas a fazerem cesáreas.




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