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CBF | Dono de helicóptero apreendido com cocaína vira diretor da CBF às escondidas

Gustavo Perrella, filho de Zezé Perrella, assumiu a 3 meses cargo na entidade, porém somente na quarta feira a CBF publicizou o vinculo em seu site.

sexta-feira 6 de abril de 2018 | Edição do dia

Imagem: Superesportes

Gustavo Perrella, ex-deputado estadual, 34, foi nomeado diretor da CBF (Confederação Brasileira de Futebol), exercendo agora o cargo de diretor de Desenvolvimento e Projetos da entidade nacional. Gustavo exercia função no governo Michel Temer, cargo que deixou para ir trabalhar na entidade.

Os Perrella são conhecidos até hoje pelo emblemático caso do "Helicoca", termo que se cunhou quando em 2013 um helicóptero da empresa da família foi flagrado com 445 kg de pasta à base de cocaína, no Espírito Santo. O piloto da aeronave trabalhava no gabinete de Gustavo, então deputado estadual. Tanto o pai quanto o filho nunca chegaram a ser indiciados pelo caso. Segundo a PF pela falta de provas na investigação.

O cargo assumido por Gustavo em janeiro não havia sido divulgado em nenhum meio até a Folha de São Paulo confirmar e divulgar a contratação. Foi então que a CBF se pronunciou e publicizou o cargo em seu site. Em nota a Folha de São Paulo a confederação afirmou que a escolha de Gustavo se deu pela sua experiência na condução de programas de desenvolvimento do esporte, mais especificamente o futebol. A CBF também disse que o dirigente se destacou enquanto conselheiro vitalício do Cruzeiro, clube onde exerceu diversos cargos nos departamentos de gestão e de futebol, além de liderar vários projetos durante o período em que esteve à frente do Ministério do Esporte.

A nomeação de Gustavo Perrella dá conta da enorme influencia que Zezé, seu pai, ainda tem nos meios do futebol e da política nacional. Na CPI do futebol instaurada em 2016, ele foi um dos principais nomes para enterrar as investigações sem indiciados e nem culpados. Zezé Perrella também já foi indiciado por lavagem de dinheiro e evasão de divisas na venda do jogador Luisão, em 2003. Zezé, então Senador também já foi gravado em um grampo em conversa com Aécio Neves, ironizando: "Eu não faço nada de errado, eu só trafico drogas". Leia mais sobre o caso aqui




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