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DIREITA ATACA PROFESSORES EM LUTA | Dono da Riachuelo diz que professores em greve querem “manutenção de privilégios”

Possível candidato do MBL para deputado federal e dono de uma das maiores redes de lojas de departamentos do Brasil, Flavio Rocha rechaçou em seu Twitter o que chamou de “show de horrores protagonizado por servidores na Câmara de SP”, que segundo ele, querem manter seus “privilégios”

quinta-feira 15 de março de 2018 | Edição do dia

A situação a que se refere é o ato dos professores municipais, em greve desde o dia 8 deste mês, ocorrido nesta quarta (14) na Câmara de SP, contra a versão de Dória da reforma da previdência, o SAMPAPREV.

Esse projeto tem como objetivo aprovar um novo regime de aposentadoria para os servidores municipais a ser gerido pelo setor privado, aumentando o valor da contribuição de 11% para 14%, podendo chegar até 19% (porcentagem que varia conforme faixa salarial) do salário dos servidores ativos e aposentados. Se somado aos outros 27,5% da faixa do imposto de renda, isso significa que o salário dos servidores passaria a ser reduzido quase pela metade.

É a isso que o dono da Riachuelo se refere por “manutenção dos privilégios”. Enquanto isso, esse empresário, que acumula escândalos de fraude eleitoral e denúncia de trabalho escravo, e Dória, um humilde herdeiro das capitanias hereditárias, continuam confortáveis em suas mansões, e propondo que os professores arquem com o suposto rombo de 7 bilhões na previdência do município, sem dizer nem uma palavra sobre a "bolsa banqueiro" que é paga todos os meses através da dívida pública, que compromete grande parte do orçamento do Estado.

A verdadeira protagonista do show de horrores que Flávio Rocha aponta é a polícia, que não poupou esforços para reprimir a manifestação e garantir que o projeto de Dória fosse votado, espancando professoras e sufocando os servidores municipais com gás lacrimogênio dentro da Câmara.

É preciso organizar todo o apoio aos professores e servidores municipais em greve, para que vençam a repressão de Doria e derrubem o SAMPAPREV, o que seria um importante exemplo para os trabalhadores de todo país. Os sindicatos da esquerda, especialmente os ligados à CSP-Conlutas e à Intersindical, assim como os parlamentares do PSOL, precisam colocar todas as suas forças para que essa luta triunfe, e fazer a máxima exigência à CUT e à CTB para que coloque seu aparato material a serviço dos professores.




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