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CONTRA AS DEMISSÕES DA DONNELLEY | Donneley: ato no consulado dos EUA questiona cadê o dinheiro da matriz

Na manhã desta sexta-feira, 05, um dia após de fechar pela segunda vez a rodovia Anhanguera, os trabalhadores da RR Donnelley foram em frente ao Consulado Americano questionar onde está o dinheiro da matriz que a fábrica dos EUA esconde enquanto alega falência para fechar, deixando cerca de mil famílias nas ruas.

sexta-feira 5 de abril de 2019 | Edição do dia

Trabalhadores da Donnelley realizaram nesta sexta-feira, 05, um ato em frente ao Consulado Americano em SP contra o fechamento da gráfica norte-americana que deixará cerca de mil famílias nas ruas, e questionaram onde está o dinheiro da matriz.

A empresa lucrou por anos com impressão do Enem e, do dia para a noite, no dia 1 de abril, fechou as portas das fábricas de Osasco, Barueri e Blumenau e deixou 970 trabalhadores com suas famílias nas ruas, alegando suposta falência e deixando os trabalhadores sem qualquer perspectiva de receberem seus direitos, mas não mostram o dinheiro que estão mandando para a matriz nos EUA, as planilhas nem o livros de contas.

A empresa está se apoiando nas medidas ultra neoliberais de Bolsonaro, que fechou o Ministério do Trabalho, não vê a hora de aprovar a Reforma da Previdência e vai aos EUA dizer a Trump que o Brasil está de portas abertas para os patrões.

Veja aqui a fala de Bruno Gilga, diretor de base do Sintusp - Sindicato dos Trabalhadores da USP, em apoio aos trabalhadores da Donnelley no ato em frente ao consulado, denunciando a submissão de Bolsonaro ao imperialismo norte americano:

A Donnelley fez a mesma coisa na Argentina, fechando as fábricas e deixando os trabalhadores na rua. Lá os trabalhadores puderam mostrar que, com muita organização, seguindo mobilizados, buscando apoio da população, das organizações de esquerda e exigindo dos sindicatos que organizem a luta, podem ter muito mais força que os patrões. Foi assim que arrancaram da justiça uma liminar que declarava a ilegalidade do fechamento da fábrica, o que a empresa deveria cumprir, reabrindo a fábrica. Mas ela não cumpriu. Então os próprios trabalhadores decidiram assumir a fábrica, colocá-la para funcionar, e até hoje seguem com seus postos de trabalho.

Todo apoio à luta dos trabalhadores da Donnelley, nenhuma família na rua! Podem continuar as manifestações, e fortalecer ainda mais a luta, propondo ao sindicato que busque medidas judiciais para fortalecer a mobilização, que faça uma campanha financeira de solidariedade aos trabalhadores demitidos, e que chame os trabalhadores das outras gráficas a também se mobilizarem em apoio a essa luta.




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