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UFCG | Docentes exigem continuidade de plano de lutas às centrais sindicais e denunciam governadores do NE por negociarem a Reforma da Previdência com Maia

Em Assembleia geral da categoria realizada nesta quarta-feira, 19 de junho, e organizada pela Associação dos docentes da Universidade Federal de Campina Grande (ADUFCG), em Campina Grande (PB), deliberou-se por exigir às centrais sindicais, como a CUT e a CTB, continuidade de plano de lutas para barrar a Reforma da Previdência, tanto de Bolsonaro como o texto alternativo de Rodrigo Maia.

quinta-feira 20 de junho de 2019 | Edição do dia

Aprovou-se também uma denuncia aos governadores do Nordeste (PT, PCdoB e PSB) por negociarem a Reforma da Previdência com Rodrigo Maia e a perspectiva de incorporar também os estados a esta proposta. Na Assembleia também foram eleitos representantes da base para participar do CONAD, assim como para o Congresso da CSP-Conlutas.

No ponto de pauta sobre análise da conjuntura realizei, desde Esquerda Diário (ED) impulsionado pelo Movimento Revolucionário dos Trabalhadores (MRT), duas intervenções políticas focando centralmente em elementos que nos permitam através desta análise do processo político uma melhor intervenção do sindicato na luta de classes.

Foram destacados elementos apresentados na fala durante a greve do dia 14 de junho sendo que o “Moro-gate” reembaralha as cartas da política nacional no marco de uma disputa entre diferentes atores golpistas do regime político, expressando uma forte disputa inter-burguesa. Acrescentamos a importância de continuar a luta nas ruas, como foi um milhão de pessoas nas ruas em todo o Brasil no 15M, e mesmo que em menor medida uma forte mobilização no 30 M, contra os cortes na educação, mas articulado a luta contra a reforma da previdência, assim como a força de uma greve nacional que realizada em 26 estados do país e no distrito federal e representou a entrada em cena do movimento de massas. Por sua vez, o governo Bolsonaro com a mobilização de seus defensores no 26 M tentou através dessa sair do isolamento político em que se encontrava na superestrutura política do golpe institucional.

Na linha apresentada pelo Editorial do Esquerda Diário de segunda-feira, 11 de junho, pós “Moro-gate”, numeramos umas cinco consequências: que isto foi um duro golpe a Bolsonaro; que se apresentam as possibilidades de um enfraquecimento da Lava-Jato; que o PT aparece inicialmente como um vencedor e Lula relegitimado; que o Centrão nesta perspectiva também se fortalece junto a sua proposta de um Bonapartismo institucional e que dependendo da luta de classes podem existir alterações no ritmo de tratamento da reforma da previdência.

Falado isto focamos na crítica a reforma da previdência de Rodrigo Maia, o PSDB e demais, que tem algumas alterações, mas mantém o essencial, pretendendo abolir nosso direito a se aposentar e entregar bilhões aos banqueiros. Por isso era necessário parar contra Bolsonaro mas também contra o golpismo de conjunto, e não comemorar a proposta do Congresso como uma "vitória da pressão sindical", como acusa a CUT.

Exigimos a continuidade do plano de lutas às centrais sindicais e denunciamos que a nova proposta da previdência pretende incorporar os interesses dos governadores do Nordeste e de partidos como PT, PCdoB, PSB e PDT, para incorporando aos estados na reforma da previdência eles comecem a militar sua aprovação com seus deputados. A exigência as centrais sindicais foram aprovadas por unanimidade, enquanto que a denúncia aos governadores por uma ampla maioria.

Denunciamos isso como uma velha tática, desidratar um pouco a reforma da previdência comparada com a de Bolsonaro para que tenhamos que aceitar essa proposta de Maia como a menos ruim.

Uma vez realizada esta caraterização, incorporamos rapidamente como elementos para analisar os novos vazamentos das conversas de Sergio Moro, a mais que evidente manipulação das últimas eleições presidenciais e o papel das empresas assim como a fritura de Levy por Bolsonaro na presidência do BNDS e as “novas” discussões entre Maia e Guedes.

Do ponto de vista político quando se discutiram saídas política como alternativas, o debate cristalizou entre eleições gerais contra nossa proposta de Assembleia Constituinte imposta pela luta.

Posteriormente se debateu a importância de participar tanto do Conad de ANDES-SN, uma etapa intermediária que existe entre cada congresso anual do sindicato nacional e o 4 Congresso da CSP-Conlutas sendo escolhidos representantes pela base além da diretoria. Junto com o professor Amauri Fragoso da Unidade Acadêmica de Física, quem escreve esta matéria, professor de Ciência Política e de Esquerda Diário.

Sendo o dia anterior a um fim de semana bastante longo na Cidade pelas festas juninas, entendemos que foi uma assembleia com um bom nível de discussão política e deliberações por parte da categoria.




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