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SERVINDO À "SEGURANÇA NACIONAL" | Ditadores de ontem homenageiam golpistas de hoje: Moro ganha medalha do Exército

O juiz Sérgio Moro foi homenageado nesta quarta-feira (19) pelo exército brasileiro com a medalha da Ordem do Mérito Militar.

quarta-feira 19 de abril de 2017 | Edição do dia

O general Eduardo Villas Boas, recrutado pelo exército em plena ditadura militar em 1967, ao abrir o evento enfatizou o cenário de crise política pelo o qual o país vem passando.

A homenagem de Ordem do Mérito Militar é destinada a militares, cidadãos, organizações e instituições que, segundo o exército, tenham prestado "relevantes serviços ao Exército brasileiro".

O critério utilizado para selecionar homenageados que está público diz: “distinguir-se no âmbito da Força, ou entre os seus pares, pelo valor pessoal e pelo zelo profissional e ter prestado ao Exército ou à segurança nacional serviços de relevância, em qualquer domínio”.

Não é novidade que o exército brasileiro, principalmente os altos postos de comando que passaram ilesos com a transição pactuada do fim da ditadura militar, considere crises políticas uma questão de "segurança nacional", passiva de intervenções antidemocráticas para salvar os interesses dos capitalistas. O próprio golpe militar de 1964 se deu em meio a uma grave crise política onde os trabalhadora brasileiros questionavam o regime político e se mobilizavam por seus direitos. Aparentemente o golpe institucional orquestrado por Moro e a Operação Lava Jato é um exemplo, motivo de orgulho e condecoração para os herdeiros e exaltadores da ditadura e do golpe militar de 1964.

Também foram homenageados Raul Jungmann (Ministro da Defesa de Temer), ministros do STM (Supremo Tribunal Militar), do STJ (Supremo Tribunal de Justiça), o prefeito de São Paulo, João Doria, e o jornalista William Waack.

O exército, com essa homenagem, faz uma clara demonstração política no atual cenário de polarização social, mostrando que estarão contra os trabalhadores e seus direitos, ao lado do judiciário, de Moro e da Lava Jato, afim de sanar os riscos de "segurança nacional".




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