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Diretora de oposição na APEOESP exige das centrais sindicais nova greve geral

domingo 6 de agosto de 2017 | Edição do dia

Marcella Campos, diretora de oposição pelo Professores pela Base, declara sua opinião sobre reunião da nova Diretoria estadual Colegiada (DEC) da Apeoesp (Sindicato dos professores do estado de São Paulo).

A direção da APEOESP é dirigida pela CUT e o PT, tendo em sua presidência Bebel. Frente aos inúmeros ataques que a classe trabalhadores e a educação vêm sofrendo, Marcella questionou a direção do sindicato sobre quando irá se mobilizar.

Leia abaixo a declaração que a diretora emitiu após reunião que ocorreu no último dia 05:
“Com as reformas vindo a galope contra os trabalhadores, como nós professores, e as centrais sindicais abandonando a luta em defesa da nossa vida, vim com o objetivo de exigir que a direção do maior sindicato da América Latina, filiado à CUT, cobre das centrais sindicais a data da nova greve geral no país, para retomar o caminho do dia 28 de abril e da luta. Também achamos que temos que defender a efetivação dos professores contratados, que terão que voltar a fazer a absurda provinha para lecionar. A reforma trabalhista veio para terceirizar a categoria e se não defendemos imediatamente a efetivação vacilamos frente a ela e abrimos espaço para terceirizar e privatizar a educação pública. E nosso aumento que ilegalmente Alckmin não dá faz 3 anos? Apeoesp vai lutar ou continuar esperando a data base que Alckmin, com seu autoritarismo estipulou, e não é a nossa? Acreditam que Alckmin concederá? Direção majoritária não acha que temos que arrancar na luta o nosso reajuste? Reforma do Ensino Médio passou, a trabalhista também, terceirização irrestrita e teto dos gastos estão aí. E a Apeoesp, vai continuar esperando a onda da previdência passar? Podemos reverter os ataques aprovados e barrar a reforma da previdência retomando agora o caminho da greve geral.”

A reunião da DEC deliberou algumas campanhas, como a campanha contra a Reforma do Ensino Médio, intensificação da campanha contra a Reforma da Previdência e contra o projeto absurdo do PSDB em Ribeirão Preto de Uber do Professor. Como resposta a nossa denuncia do abandono das centrais sindicais da luta contra os ataques que por isso acabaram sendo aprovados, fazendo puro jogo de cena de resistência, como foi com as senadoras petistas na votação da Reforma Trabalhista, uma campanha pela revogação de todos os ataques de Temer também foi aprovado pelos diretores presentes.

Uma assembleia da categoria ficou indicada para o dia 15 de setembro, assim como indicaram a data das reuniões regionais de representantes de escola para o dia 14 de agosto e de conselheiros estaduais para o dia 18 de agosto.

Sobre os mais novos absurdos de Alckmin e Doria contra os professores contratados, como a volta da "provinha" no estado, que tira muitos professores das escolas, e as centenas de contratos encerrados das duas redes, que podem criam um caos ainda maior, com demissão em massa e recontratação dos docentes como terceirizados ou pelo Uber do professor, Marcella propos a efetivação imediata dos professores contratados, denunciando que sem essa defesa o sindicato estará vacilando frente a defesa da educação pública contra a terceirização e a privatização. A direção majoritária e até mesmo parte da oposição do sindicato, optaram por rebaixar essa defesa aprovando apenas a transformação dos professores categoria O em F, contratos estavéis, mas como uma estabilidade que na realidade é bem duvidosa e que impoem subempregos. Estes professores sofrem com a falta de aula e tendo que se dividir em até 5 escolas, por exemplo.

Para Marcella e os demais professores da corrente estadual Professores Pela Base os indicativos e campanhas são muito insuficientes frente aos inúmeros ataques a categoria e aos trabalhadores. Nenhum calendário de mobilização foi proposto, nem ao menos reuniões amplas por região com professores, pais e alunos para pensar os próximos passos que temos que dar para nos organizar e não deixar a Reforma da Previdência passar.

Esse papel de freio da luta é o papel que as centrais, como a CUT, e as direções dos sindicatos cumprem de forma exemplar, por isso é tão importante que os professores, que tem tomado a tarefa de compor a luta contra as reformas e os golpistas de forma aguerrida em todo país, se organizem para retomar seus sindicatos e junto a comunidade escolar e as outras categorias, para derrotar Temer e seus ataques contra a nossa vida.

Os Professores Pela Base , junto aos professores do MRT, estão propondo um grande Encontro Nacional de Professores para o próximo dia 19, construindo uma grande corrente nacional que destrave todo potencial de luta de uma categoria tão importante socialmente. (Para mais informações sobre o Encontro Nacional de Professores clique aqui)

Chamamos a todos os professores para esta retomada e para juntos dar o combate por nossas vidas e pela educação, porque elas valem muito mais que o lucro de todos eles.




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