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Diretor da Aneel, em pleno apagão, fala em aumento de tarifas no Amapá

Ha 20 dias com apagões recorrentes e rodízios de energia que privilegiam os ricos no Amapá, diretor da Agência nacional e energia elétrica (Aneel) fala em aumento de tarifas preocupado com a solvência do grupo espanhol Gemini Energy que controla a energia no estado.

segunda-feira 23 de novembro de 2020 | Edição do dia

Foto: reprodução

Já são mais de 20 dias de recorrente falta de energia no qual os mais castigados foram os bairros pobres que estão excluídos dos rodízios seletivos de energia, que beneficiam somente os bairros ricos. Frente a revolta popular e protestos fruto do descaso do governo estadual de Waldez Góes do PDT de Ciro Gomes, a população foi duplamente punida com uma duríssima repressão.

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Tentando fazer soar como uma certa “reparação” a todos os transtornos causado pelo apagão, o diretor da Aneel fala em prorrogar o aumento da energia elétrica no Estado por 60 dias. A data base do aumento seria dia 30 de novembro, mas a proposta é que o aumento seja contabilizado somente em 30 de janeiro. O que pareceria uma compensação é bastante absurdo, já que os prejuízos à população são incalculáveis frente ao tamanho descaso e abandono por parte do governo do estado.

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Porém, como o próprio diretor alegou para o portal Uol "Vale destacar que todas as atualizações dos dados da área de concessão (variações de mercado e do custo da parcela A2, componentes financeiros verificados no ano anterior, correção da parcela B3 pelo índice de inflação) precisarão ser consideradas e aplicados à tarifa quando ela for processada. Nesse sentido, não se mostra adequada a suspensão, por um prazo excessivo, do processo tarifário da distribuidora." Ou seja, resguarda os interesses da grande empresa espanhola, a responsável pelo apagão, respeitando religiosamente todos os parâmetros de mercado que buscam garantir a lucratividade dessa multinacional que ganha milhões sobre os direitos da população.

Enquanto isso, o povo trabalhador do Amapá continua sem luz. No dia de ontem (22), sofreu mais uma vez com enchentes que destruíram casas, móveis, veículos e eletrodomésticos, aumentando a penúria com uma situação de abandono por parte das autoridades locais.

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