×

RS - LUTA PELA EDUCAÇÃO | Dia de luta pela educação no Rio Grande do Sul

Professores e estudantes de diversas cidades do estado trancaram ruas, avenidas e rodovias para protestar contra o descaso do governo Sartori (PMDB) com a educação pública nessa última sexta-feira (8). Os atos repudiaram o parcelamento em nove vezes do salário do funcionalismo público, atingindo os professores, a falta de merenda nas escolas, levantaram a defesa do Piso Salarial do Magistério e a necessidade de se criar um calendário de reposição salarial, entre outras pautas. Diversos secundaristas saíram às ruas conjuntamente aos professores.

sábado 9 de abril de 2016 | Edição do dia

O descaso com a educação pública vem sendo cada vez maior no estado do Rio Grande do Sul. A justificativa do governo é a falta de dinheiro devido a retração da economia no país. Enquanto parlamentares e judiciários continuam tendo seus salários elevados a cada ano, a situação dos servidores e públicos não é a mesma. Até cortes de verbas para escolas e hospitais estão havendo. Viemos denunciando pelo Esquerda Diário que o governo Sartori vem descarregando essa crise nas costas dos trabalhadores e da juventude como podem ver aqui.

Mas em meio a esse conturbado cenário os professores e secundaristas mostram um caminho de resistência. Só essa sexta-feira, dia 8 de abril, cerca de 12 cidades do estado tiveram ruas, avenidas e rodovias trancadas, segundo o CPERS. Porto Alegre, Caxias do Sul, Montenegro, Rio Grande, Passo Fundo, Estrela, Uruguaiana, Lagoa Vermelha, Vacaria, Ijuí, Palmeira das Missões e São Gabriel foram algumas que conseguimos ter informações.

Em Caxias, estudantes do Cristóvão fecharam a avenida de Julio de Castilhos em protesto ao sexto período e os cortes dos governos. Diego Nunes, professor do Cristovão, diz: "Professores do Cristóvão se reúnem para debater o cenário político e econômico nacional e estadual bem como os ataques à educação. Uma conversa informal e livre ocorreu, onde vários assuntos foram abordados como: os cortes nacionais e estaduais à educação; o impeachment; a postura do MRT por uma assembléia constituinte livre e soberana que mude as regras do jogo político em favor dos trabalhadores e juventude; a luta estudantil e sua eficácia por não contar com órgãos burocráticos. Após o debate algumas resoluções da luta concreta em que professores e alunos reivindicam: pelo quadro completo de funcionários; cumprimento do Plano de Obras para a reforma do auditório que está interditado há anos, bem como reforma de toda a escola que tem muitas rachaduras e infiltrações; pelo não corte de verbas dos produtos de higiene (papel higiênico) e da merenda; e pelo não parcelamento dos salários dos professores!"

Apoiado pela Brigada Militar, um homem atacou os estudantes de maneira violenta e truculenta, como mostra essa matéria.

Em Porto Alegre, pelo menos cinco atos ocorreram. O atos das escolas do Centro e Azenha reuniu algumas dezenas de professores e estudantes das escolas Julio de Castilhos, Protásio Alves, Emilio Massot e outras. Abaixo segue algumas fotos do ato.

Houve também um ato que reuniu algumas dezenas de professores e estudantes das escolas de Medianeira, Glória e Cascata.

O eixo Baltazar e proximidades também conseguiu organizar professores e estudantes da zona norte.

A quantidade de protestos mostra que há disposição de resistência por parte dos professores e estudantes ao imenso descaso com a rede pública que o governo Sartori vem tendo. Com palavras de ordem de “não tá tranquilo, não tá favorável, esse governo tá lamentável” e “escola, na rua, Sartori a culpa é sua”, os professores e estudantes deixam o recado claro para o governo e para a sociedade.

Continuaremos acompanhando todos os atos, protestos e manifestações que buscam a denúncia desse descaso e a organização de um movimento que consiga barrar todos os ataques. Acompanhe pelo Esquerda Diário.




Comentários

Deixar Comentário


Destacados del día

Últimas noticias