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7 DE SETEMBRO | Dia 7/9: Tomar as ruas contra os cortes e o Future-se de Bolsonaro

7 de setembro será dia de ocupar as ruas contra os cortes da educação e o projeto Future-se do governo Bolsonaro.

Faísca Revolucionária@faiscarevolucionaria

quinta-feira 5 de setembro de 2019 | Edição do dia

Após sucessivas medidas que vão corroendo os recursos para a educação, em especial o ensino superior, e extinguindo a pesquisa científica, Bolsonaro instigou a população a usar verde e amarelo neste dia 7 de setembro, “Dia da Independência”. Pasmem: “em defesa da Amazônia”. Não contente com destruir o futuro dos trabalhadores com a reforma da previdência, acabar com os direitos trabalhistas com a MP 881, destruir a educação, extinguir a pesquisa científica, entregar parte do território de Maranhão aos EUA… Bolsonaro ainda pede que usemos verde e amarelo para mostrar que ainda há algo de “Brasil” na Amazônia que ele entrega dia após dia ao agronegócio, à mineração e sobretudo aos interesses imperialistas, em especial o norte-americano.

A convocação soa mais como uma provocação à juventude indignada que tem seu futuro na linha de fogo e, após o anúncio sobre o corte de 5 mil bolsas da Capes (que afetará por exemplo a pesquisadora que ficou em 1º lugar na seleção de doutorado sobre o zika vírus na UFRJ e que agora está sem bolsa), instiga a que os estudantes saiam às ruas de preto, se colocando contra os cortes e contra o projeto mercadológico e privatista de Weintraub, ministro da Educação.

Outras medidas também vêm sendo articuladas pelo governo para destruir não somente a educação, mas também àqueles setores da sociedade que se colocam na linha de frente para enfrentá-lo, no caso, os estudantes e suas organizações. Já na campanha eleitoral Bolsonaro ameaçou a existência da UNE, e agora coloca em tom de deboche que “Vai faltar dinheiro para o PCdoB” com a MP da “liberdade estudantil”, que institui carteirinha digital e acaba com a taxa à UNE e à Ubes. Essa medida não é apenas para tirar dinheiro do PCdoB, significa acabar com o financiamento das entidades estudantis, buscando o enfraquecimento das organizações nacionalmente.

Será ao lado dessa juventude indignada que a Juventude Faísca sairá às ruas neste dia 7, mas não de verde e amarelo, e sim para expressar o ódio aos cortes que destroem a educação e a pesquisa científica, e contra o projeto Future-se, levantando a bandeira pela necessidade de uma coordenação nacional das universidades que já se levantam para que haja uma massificação e construção nacional das federais e estaduais.

É preciso mais que dias rotineiros, desarticulados e inofensivos como o calendário habitual no qual se baseia a UNE, dirigida pelo PT e pelo PCdoB (e que dirige milhares de DCEs e CAs em todo o país), como foi o dia 13 de agosto ou como costumam ser os tantos “Dias de luta” esvaziados, onde essas direções majoritárias se negam a construir nas bases estudantis. É preciso mais que essa adaptação domesticada da ANPG (Associação Nacional de Pós-Graduandos), também dirigida pelo PT e PCdoB. Precisamos ir às ruas neste dia 7 e seguir para um plano de lutas que deve ser construído por essas direções em cada local de estudo, em cada instituto federal, em cada universidade estadual, federal ou privada, com reuniões e profundos debates, ao lado dos professores, dos trabalhadores efetivos e terceirizados, para que possamos erguer uma luta com ainda mais força do que os dias 15 e 30 de maio, que demonstraram enorme potencial contra o governo Bolsonaro em todos os estados e capitais do país.

Nós da Juventude Faísca convidamos a todos os jovens que se colocam na perspectiva de derrubar os cortes e o Future-se para este dia 7, e fazemos um chamado especialmente às entidades estudantis e DCEs dirigidos pela oposição da direção majoritária da Une, como o PSOL e outras organizações como UP (ex-PCR) e PCB, que estejam conosco nessa batalha pela articulação nacional e que sejam parte dessa exigência às direções majoritárias.

Defendemos as universidades e a ciência contra este projeto de precarização, de ataques aos trabalhadores e esse projeto de mais subordinação do Brasil ao imperialismo. Defendemos o fim dos cortes, do Future-se, dos ataques aos trabalhadores e de todo o conjunto deste projeto ultraliberal que precariza e entrega nossos recursos à iniciativa privada e ao capital estrangeiro. Defendemos que a universidade esteja a serviço dos trabalhadores, dos estudantes e do conjunto da população que a financia. Essa é a unidade que queremos.




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