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JUSTIÇA NA TURQUIA | Detidas na Turquia 88 pessoas ligadas ao opositor de Erdogan

Ao menos 88 pessoas foram detidas na Turquia em uma operação contra o pregador islamita exilado Fethullah Gülen, inimigo declarado do presidente turco.

quarta-feira 20 de abril de 2016 | Edição do dia

Segundo a agência de notícias Anadolu, a operação se dessenrolou em nove províncias do país e a Polícia Financeira registrou numerosos domicílio. A maioria das detenções se produziram em Istambul e entre os presos estão empresários e banqueiros, segundo a mesma fonte.

A operação continua, segundo os meios turcos, com a pesquisa de mais pessoas sobre as que pesa uma ordem de detenção pelas acusações de "ser membros de uma organização terrorista" e "dar apoio financeiro ao terrorismo". A acusação aponta estas pessoas como vinculadas com Gülen, em pregador exilado na Pensilvânia (EEUU), cuja rede de seguidores na turquia foi até 2013 o mais firme aliado do partido islamita AKP, em poder desde 2002.

Porém, uma luta de poderes entre os dois setores, levou o governo a colocar o aparato policial e judicial de supostos membros dessa fraternidade, acusada de haver organizado um "Estado paralelo". Desde o ano passado, a acusação descreve a rede gülenista como"organização terrorista", embora não se conhecem atividades ou discursos violentos.

A justiça turca interviu numerosas empresas desta rede islamita, entre elas vários meios de comunicação críticos ao governo, como os diários Bugün y Millet e a emissora Bugün TV e em março tomou o controle do diário Zaman, durante anos o de maior difusão da Turquia.

A ofensiva de Erdogan contra este setor burguês que até recentemente era base de apoio do partido do governo, se produz no marco de uma crescente bonapartização do Estado turco que leva adiante uma ofensiva militar contra o povo kurdo no sudeste do país, assim como a contra a imprensa, os intelectuais e os movimentos sociais opositores.


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