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Desemprego aumenta novamente e chega a 13,3% com a política de Bolsonaro para a crise

A taxa de desocupação no Brasil chegou a 13,3% em junho. No total, são 31,9 milhões de pessoas sem emprego. Sob políticas do governo Bolsonaro e impacto da pandemia do coronavírus, grandes empresas tiveram ajuda financeira e facilidades para demitir e "suspender" contratos de trabalho através da MP 936 e outras políticas desse governo, enquanto trabalhadores perderam empregos e recebem auxílio totalmente insuficiente.

quinta-feira 6 de agosto de 2020 | Edição do dia

Dados são referentes ao trimestre encerrado em junho, de acordo com os dados da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (Pnad Contínua) divulgados nesta quinta-feira (6) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

No mesmo período, faltou trabalho para um recorde de 31,946 milhões de pessoas no País. A taxa composta de subutilização da força de trabalho subiu de 24,4% no trimestre até março para 29,1% no trimestre até junho, maior resultado da série.

O indicador inclui a taxa de desocupação, a taxa de subocupação por insuficiência de horas e a taxa da força de trabalho potencial, pessoas que não estão em busca de emprego, mas que estariam disponíveis para trabalhar.

A população subutilizada cresceu 15,7% ante o trimestre até março, 4,3 milhões pessoas a mais.

O Brasil alcançou também um recorde de 5,683 milhões de pessoas em situação de desalento no trimestre encerrado em junho, ainda segundo o IBGE.

O resultado significa 913 mil desalentados a mais em relação ao trimestre encerrado em fevereiro, um salto de 19,1%. Em um ano, 806 mil pessoas a mais caíram em situação de desalento, alta de 16,5%.

Metade da população com idade apta a trabalhar estavam desempregados, a própria pesquisa aponta que os trabalhadores informais e menos qualificados foram os mais atingidos nesses primeiros três meses de crise. O setor mais atingido foi o comércio 2,1 milhões de postos do comercio foram fechados, na construção civil 1,1 milhão ficaram sem empregos e os empregadores domésticos também foram atingidos com 1,3 milhão de demissões.
Os grandes capitalistas aproveitaram esse momento de crise sanitária para descarregar nas costas dos trabalhadores uma crise que não é nossa, atualmente o número de desempregados em apenas três meses chegou a quase 9 milhões de pessoas sem emprego.

Nessa pandemia ficou claro que para os grandes capitalistas e os políticos desse regime capitalista, os lucros estão acima das vidas dos trabalhadores. Ao todo são 77,8 milhões de trabalhadores sem empregos em meio a uma crise sanitária que não tem testes massivos para todos e um atendimento público de qualidade. Os grandes capitalistas lucram em cima do nosso suor e sangue, apenas em um único dia o dono da Amazon, Jeff Bezos enriqueceu 13 bilhões de dólares enquanto seus empregados sofrem com salários de fome e falta de EPIs.

Essa é a cara do governo de extrema direita de Jair Bolsonaro, que durante a pandemia junto com Paulo Guedes o ministro da economia defenderam um auxílio emergencial para os trabalhadores no valor 200 reais, enquanto esse mesmo governo investiu 3 trilhões nos bancos privados. Sabemos que o auxílio emergencial é necessário para muitas famílias que estão passando necessidade nesse momento de crise, porém defendemos que os trabalhadores recebam um auxilio no valor médio do salário atual que é de 2.000 reais. Defendemos, também, a divisão das horas de trabalho entre os desempregados.

Bolsonaro e todo seu governo mostram que suas preocupações não são os trabalhadores mais sim todo investimento privado e os lucros. Não podemos ter confiança nesse governo que desde do início da pandemia se mostra como inimigos dos mais pobres e negros, é preciso um plano de obras públicas para gerar mais empregos, pelo não pagamento da dívida pública que é uma dívida indevida e fraudulenta, o dinheiro que é destinado ao pagamento da dívida pública pode ser investido em educação e saúde para os trabalhadores. É preciso lutar pelo fora Bolsonaro, Mourão e os militares e que os trabalhadores decidam o rumo do país com suas próprias leis e empregos, por isso é necessário uma Assembleia constituinte livre e soberana. Sem confiança em figuras que não representam os interesses de nossa classe.




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