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RACHADINHAS | Desembargadora que ofendeu Marielle vai analisar ação contra Flávio Bolsonaro

Condenada por ofender a memória de Marielle Franco, a desembargadora foi eleita para integrar o Órgão Especial do TJ-RJ (Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro), que tem como atribuição julgar autoridades com foro especial

terça-feira 1º de dezembro de 2020 | Edição do dia

O colegiado é formado por 25 magistrados e será responsável por analisar a denúncia que envolve Flávio Bolsonaro no caso das “rachadinhas”, quando ele era deputado estadual no Rio de Janeiro.

Flavio Bolsonaro é denunciado sob acusação de peculato, lavagem de dinheiro e apropriação indébita. O senador é acusado de liderar uma organização criminosa para recolher parte do salário de seus ex-funcionários em benefício próprio.

A desembargadora Marília já manifestou em suas redes sociais apoios e afagos à família Bolsonaro durante as eleições de 2018. Dias após Marielle Franco ser morta, em março de 2018, Marilia disse que a vereadora "estava engajada com bandidos". Afirmou ainda que o "comportamento" dela, "ditado por seu engajamento político", foi determinante para a morte. E que houve uma tentativa da esquerda de "agregar valor a um cadáver tão comum quanto qualquer outro". Em outubro deste ano, ela foi condenada pela Justiça a pagar indenização por danos morais à família de Marielle.

Comentários antigos da reacionária desembargadora feitos na internet também já foram divulgados e só mostra o quanto é asqueroso seus posicionamentos. Em um deles, Marília questionou se professores com síndrome de Down teriam algo a ensinar. Em outro post, num ataque ao ex-deputado Jean Wyllys em 2015, Marilia escreveu que ele deveria ir para o paredão "embora não valha a bala que o mata".

Na semana passada, o CNJ (Conselho Nacional de Justiça) decidiu abrir processo administrativo disciplinar contra a desembargadora, mas isso não a impediu de concorrer ao Órgão Especial do TJ-RJ.

A desembargadora Marilia é parte de uma casta privilegiada de juízes eleitos por ninguém. Nós do Esquerda Diário defendemos que os juízes devam ser eleitos e tenham cargos revogáveis pela população. Para que acabem seus privilégios e regalias que eles recebam o mesmo salário que uma professora, e que este seja o salário mínimo do Dieese (R$4.366,51).




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