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Desabamento em São Caetano: Sem projeto habitacional na cidade, moradores perdem suas casas

Na noite do último sábado (08/06), a laje de um prédio na Av. Conde Francisco Matarazzo esquina com a Rua Heloísa Pamplona no Bairro Fundação desabou deixando dezenas de famílias desabrigadas.

terça-feira 11 de junho de 2019 | Edição do dia

São Caetano do Sul sempre foi vista como cidade modelo, de melhor IDH do país, onde é possível ter uma boa qualidade de vida. Levando em conta apenas opinião daqueles que tem condições de vida mais favoráveis, que estão financeiramente estáveis com a sua renda e moradia garantida, isso pode até parecer ser verdade, mas a cidade perfeita sempre tentou esconder suas contradições causadas pelo capitalismo e a corrupção política. Em abril deste ano o atual prefeito José Auricchio Júnior (PSDB) teve seu mandato cassado conforme determinou juiz da 166ª de São Caetano do Sul, Pedro Corrêa Lião.

No último sábado (08/06) a laje de um prédio no bairro Fundação desabou e comprometeu a moradia de mais de 90 famílias que moravam no local. Interditado pela Defesa Civil, os moradores foram obrigados a saírem apenas com a roupa do corpo.

É evidente que a cidade modelo não provém de nenhum projeto habitacional ou plano de contingência que possa atender as famílias desabrigadas, tendo que improvisar atendimentos paliativos que não atendem as necessidades dos moradores que serão remanejados para abrigos municipais, hotéis, ou aqueles que puderem recorrer à ajuda de seus familiares, sem nenhuma certeza de moradia. Em nota a prefeitura tenta justificar que a Administração Municipal atuou para interditar o prédio, porém não foi apresentado nenhum projeto habitacional para atender as famílias do local.

São Caetano é uma das cidades metropolitanas com alto nível de especulação imobiliária com valores de aluguéis altíssimo, onde o lucro do capitalista vale mais do que a vida de dezenas de famílias que vivem em bairros mais precarizados, onde a maioria das vezes são afetados pelas enchentes, perdendo o pouco que lhe pertence. Exigimos atendimento habitacional imediato e de qualidade à todas famílias prejudicadas, e que o município crie projetos habitacionais e planos de contingências para oferecer e atender toda e qualquer família que necessitem de moradia.




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