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MARIELLE, PRESENTE! | Deputado do PSL, que quebrou placa de homenagem à Marielle, guarda pedaço como "troféu"

Rodrigo Amorim (PSL), que quebrou a placa de homenagem à Marielle no ano passado, mandou emoldurar um pedaço desta mesma placa e pendurou em seu gabinete. Um verdadeiro ataque às mulheres, negros, LGBTs e militantes de esquerda, que não podemos permitir.

quinta-feira 14 de fevereiro de 2019 | Edição do dia

Rodrigo Amorim, deputado estadual pelo Rio de Janeiro e do mesmo partido de Jair Bolsonaro, foi responsável por quebrar a placa que fazia homenagem a
Marielle Franco, vereadora do PSOL que foi morta a tiros em março de 2018. O ato ocorreu enquanto Amorim fazia campanha nas eleições de 2018, concorrendo no Estado onde Marielle foi brutalmente assassinada. Além deste ato de ataque à esquerda, se apoiando na figura de Marielle, que teve repercussão internacional, Amorim guardou um pedaço da placa quebrada e emoldurou, mantendo a "lembrança" deste ato bárbaro na parede de seu gabinete.

Relembre o caso: Asqueroso do PSL que rasgou placa em homenagem à Marielle agora é deputado estadual

O deputado argumento que o "troféu" que exibe em sua parede é parte de um símbolo da “restauração” da ordem no Rio de Janeiro, ou seja, se apoia sob o assassinato de Marielle para declarar todo seu reacionarismo e aplaude a ofensiva contra mulheres, negros, LGBTs e militantes de esquerda. Sua postura faz coro com o governo Bolsonaro, que segue a ofensiva ideológica contra setores oprimidos e contra a esquerda.

Hoje (14), faz exatos 11 meses desde que Marielle Franco foi brutalmente assassinada no Rio de Janeiro e o caso segue sem solução. Ainda que há notícias de um possível envolvimento de milicianos, não podemos confiar nas investigações encabeçadas pela polícia corrupta e pelo judiciário golpista e racista, ambos agentes fundamentais na política de encarceramento em massa, repressão e assassinatos do povo pobre, negro e periférico.

É preciso exigir que o Estado dê uma resposta ao brutal assassinato de Marielle e o caminho para isso é preciso se mobilizar e impor que o Estado investigue e puna os culpados é a mobilização. No entanto, ao mesmo tempo que devemos seguir exigindo que investigação e punição ao Estado, não podemos deixar que somente estes Estado, que tem seus vínculos com o assassinato, controle os rumos das investigações.

Não podemos admitir a ofensiva dessa extrema-direita contra a esquerda e seus militantes, que saudosos da ditadura militar, pisam sobre os cadáveres e sob a história de luta da classe trabalhadora, da juventude, das mulheres, negros, LGBTs e indígenas. Precisamos nos organizar nos nossos locais de trabalho e estudo, construindo uma força real de trabalhadores em aliança com todos os setores para enfrentar e combater os ataques políticos, econômicos e à toda e qualquer ofensiva ideológica.




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