segunda-feira 1º de maio de 2017 | Edição do dia
A greve geral do dia 28 foi histórica, paramos o país. O governo e a mídia tentaram atacar nossa greve mas foram obrigados a reconhecer a força da classe trabalhadora. O primeiro de maio podia ser continuidade dessa luta, começando por se enfrentar com a proibição de ato na Avenida Paulista pelo prefeito João Doria.
Doria fracassou em sua tentativa de desmoralizar a greve geral mas mesmo assim quis se mostrar duro contra os trabalhadores ao proibir o ato da CUT na Paulista. Com toda a força mostrada pela classe trabalhadora seria fácil desmoralizar novamente o prefeito mas a CUT aceitou a bravata de Doria e transferiu seu ato para a Praça da República, realizando breve concentração na Paulista antes disso, retirando o caráter combativo do mesmo.
Em São Paulo ocorrerá ao mesmo tempo também o tradicional primeiro de maio na Praça da Sé, organizado pelas organizações de esquerda e pela pastoral operária. O Esquerda Diário publicou ontem um artigo defendendo a necessidade de um bloco da esquerda em meio ao ato da CUT que se realizaria na Paulista se enfrentando com Doria.
Frente a mudança dos cenários no primeiro de maio na capital paulista, falamos com Felipe Guarnieri, dirigente do MRT e operador de trem no metrô de São Paulo, categoria crucial na greve geral ocorrida sexta-feira. "Nós viemos batalhando para construir um bloco da esquerda junto ao ato da CUT. Achamos que era importante a esquerda batalhar pela unidade e que estivesse ali se enfrentando com o ataque de Doria e lutando por um plano de luta que desse continuidade ao dia 28. Como a CUT mudou o caráter do ato, deixando de se enfrentar com Doria continuaremos essa batalha para construir um bloco da esquerda junto ao ato da Praça da Sé".
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