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PRIVATIZAÇÕES E MAIS PRIVATIZAÇÕES | Depois de entregar o Pré-Sal, estatais, portos e aeroportos, Temer irá privatizar agora as ferrovias

Assim como vem fazendo com as riquezas naturais, como o petróleo do Pré-Sal, com empresas estatais, portos e aeroportos, o governo Temer segue na ofensiva para entregar setores estratégicos da economia ao capital imperialista. Agora o alvo é o sistema ferroviário de transporte de cargas, um dos mais importantes setores da infraestrutura do país.

segunda-feira 15 de maio de 2017 | Edição do dia

Continuando a linha entreguista característica do governo golpista de Temer, o programa de concessões de infraestrutura deu passos nessa semana para a liquidação das ferrovias, pelas quais são escoadas grande parte da produção agrícola e de minérios que geram bilhões ao país.

Considerado um sucesso entre capitalistas, mídia e governo, o programa de privatizações parece não ter limites na escalada de entregar ao capital estrangeiro as riquezas naturais e empresas estatais, aumentando a precarização do trabalho e consolidando o processo de terceirização dos empregos destes setores, já que é sabida a preferência quase que exclusiva por este tipo de contratação que primam nas empresas concessionárias.

Os planos do governo entreguista e golpista de Temer é colocar duas das principais ferrovias – Ferrogrão e Norte-Sul – em processo de licitação a partir de junho para a concessão, já no segundo semestre, com incentivos para atrair investidores privados e multinacionais.

Os métodos escusos deste governo ficam ainda mais evidentes se levarmos em conta que a extensão da ferrovia foi praticamente concluída com bilhões de reais em recursos públicos pela estatal Valec, ou seja, dinheiro público praticamente canalizando para futuros bolsos privados e estrangeiros para a exploração do setor por 65 anos, que será um prazo de contrato bem maior do que a maioria das privatizações!

Vale lembrar que assim como ocorreu com a privatização de aeroportos, portos e outras empresas estratégicas, as primeiras ações neste sentido foram feitas já pelos governos petistas anteriores, que enfrentaram maiores contradições nas próprias bases para efetivá-las.

Para nós é fundamental rechaçar e lutar contra mais esta liquidação que propõe o governo Temer entreguista!
Que nas próximas mobilizações do dia 24 de maio contra as reformas e as terceirizações, a bandeira contra as privatizações também seja colocada como parte de um plano de lutas para construir uma greve geral até a derrubada das reformas e de Temer.

Estes ataques sem precedentes não podem passar e as linhas de conciliação que as centrais seguem levando no preparo do 24M devem ser superadas pelos trabalhadores, lutando decididamente em defesa de seus direitos irreconciliáveis com os interesses dos golpistas, que não cedem em atacar os direitos dos trabalhadores a cada vacilo das burocracias sindicais, já que estas se demonstram mais preocupadas em tornar o “Projeto Lula-2018” digerível do que em levar centenas de milhares de trabalhadores para ocupar Brasília e atuar como força decisiva e realmente capaz de impor a derrota a Temer e seus aliados.




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