sexta-feira 13 de maio de 2022 | Edição do dia
Esta sexta-feira começou com a repressão ao funeral da jornalista do canal Al Jazeera, Shireen Abu Akleh, que foi morta a tiros na cabeça por soldados israelitas, enquanto cobria uma operação do Exército no campo de refugiados de Jenin, na Cisjordânia Ocupada, na quarta-feira passada.
O funeral da jornalista palestina Shireen Abu Akleh, morta a tiros na cabeça enquanto cobria uma operação do Exército israelense na Cisjordânia ocupada, começou nesta sexta-feira em Jerusalém com uma forte repressão da polícia israelense.
Leia também: Jornalista da Al Jazeera é assassinada pelo exército israelense enquanto cobria operação militar
O corpo da jornalista, de 51 anos, foi deixado por volta das 14h, horário local (11 GMT), em um caixão do Hospital Saint Joseph, em Jerusalém Oriental ocupada, para iniciar o funeral na Igreja Greco-Católica Melquita em Jerusalém, com a presença de milhares de pessoas.
🇵🇸 SHIREEN ABU AKLEH 🇵🇸
En un hecho que quedará en la historia negra, en un acto de abuso hacia dolientes de la periodista de Al Jazeera asesinada, la policía israelí ha atacado sin contemplaciones a los que cargaban el ataúd de Abu Akleh.
— Alerta News 24 (@AlertaNews24) May 13, 2022
A polícia israelense deteve os participantes que queriam carregar o caixão nos ombros, envolto na bandeira palestina, algo que Israel proíbe e pune desde a ocupação da parte oriental de Jerusalém com a anexação da área em 1980.
São dezenas de feridos que estão no hospital.
🇮🇱🇵🇸Las Fuerzas de Defensa de Israel han destruido varios edificios en el campo de refugiados de Jenin, Cisjordania. pic.twitter.com/gRpxbvhCJV
— Descifrando la Guerra (@descifraguerra) May 13, 2022
O corpo de Shireen chegou pouco depois em uma van no portão de Jaffa na Cidade Velha de Jerusalém, onde ela foi levada para a igreja onde a missa aconteceu, com centenas de participantes e forte segurança em toda a cidade.
Lá, a polícia também reprimiu vários participantes que exibiam bandeiras palestinas.
Te asesinan, asesinan a la periodista que cuenta como te asesinan y te golpean cuando despides a la periodista que cuenta como te asesinan.
Since 1947.#ShireenAbuAkleh
— Igor Goikolea (@goikoleaigor) May 13, 2022
Como sempre, Israel tentou encobrir o assassinato de palestinos ou de qualquer um que os denunciasse, dizendo que era uma "troca de tiros entre suspeitos e forças de segurança".
O assassinato da jornalista também ocorre em um momento de crescente tensão devido à escalada repressiva de Israel, perseguição e expulsão da população de origem árabe de suas casas em Jerusalém Oriental e de suas terras na Cisjordânia ocupada. Todas essas provocações por parte de Israel aumentaram particularmente nos últimos meses e durante a recente celebração do Ramadã.
Com informações de La Izquierda Diario - Argentina.