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TRIBUNA ABERTA | Hospital Universitário da UERJ pede socorro

sexta-feira 11 de dezembro de 2015 | 00:00

No contexto da crise da UERJ é impossível não atrelar a situação do hospital HUPE que hoje se sustenta com recursos insuficientes provenientes do SUS já que os repasses ao Hospital feitos pela UERJ estão precarizados pela situação de falência do Estado do Rio de Janeiro.

O HUPE , é um hospital de excelência e como todo HU tem função no ensino,na pesquisa, na produção científica, e no oferecimento a população em geral de atendimento em saúde nos níveis de média e alta complexidade , servindo aos princípios de garantir a população acesso universal à saúde.

No entanto, séculos de uma gerencia estatal irresponsável fortalecida por uma estrutura política que nunca priorizou a educação e a saúde como direitos básicos, programaram conscientemente uma crise : a crise que acomete a UERJ não foi uma surpresa, mas apenas uma circunstancia já programada pelo governo do Estado.
A crise é uma mera invenção para os que , lamentavelmente, não conseguem dar outra resposta que não recaia em crime de responsabilidade fiscal e gestora.

Hoje sofrem, estudantes, trabalhadores terceirizados, professores e , acima de tudo pacientes. A realidade atual a qual se insere o HUPE é a de um hospital em estado de falência, precarizado , e desassistido pelo governo em seus princípios básicos de funcionamento. Há carência de materiais simples para o trabalho desses profissionais de saúde como seringas descartáveis , máscaras e gazes; há infiltrações em ambientes como a cozinha do hospital o que acaba atraindo roedores e insetos, rompimento de rede de esgoto forçando o fechamento de uma UTI, fechamento de leitos por incapacidade do hospital em atender a demanda da sociedade por novas vagas; ausência de pagamento de trabalhadores terceirizados cujo trabalho de limpeza entendemos como imprescindíveis para a salubridade do hospital , o não pagamento da bolsa-residencia de todas as categorias: serviço social, fisioterapia, enfermagem, medicina , nutrição e psicologia bem como não pagamento da bolsa internato; todas essas situações elencadas inviabilizam a manutenção do funcionamento do tanto em seu princípio pedagógico como em assistência à saúde da população.

Sabemos que o acesso universal à saúde e a uma educação de qualidade são direitos humanos conquistados e garantidos pela constituição federal. Porém , a cada dia vemos os nossos direitos constitucionais se transformarem em favores , e é lamentável afirmar que na atual circunstancias a UERJ e seu Hospital universitário não estão reivindicando sequer benefícios ou mais investimentos , mas apenas e tão simplesmente, sairem do retrocesso e terem sua dignidade de volta.




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