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CONTAGEM REGRESSIVA 8 DE MARÇO - FALTAM 13 DIAS | Dandara Vive

Na contagem regressiva para o 8 de Março, o Esquerda Diário quer trazer as grandes referências de mulheres negras lutadoras. Hoje falamos sobre quem foi Dandara, uma mulher negra que lutou até o fim pela liberdade.

Vanessa OliveiraProfessora do ABC

quinta-feira 23 de fevereiro de 2017 | Edição do dia

Não sabemos ao certo a origem de Dandara, se nasceu no Brasil, ou se veio de algum país do continente africano. O que sabemos é que essa mulher defendeu até seus últimos momentos as trincheiras da resistência pela liberdade do povo negro na época da escravidão.

Como várias representantes negras brasileiras Dandara é pouco lembrada e estudada, e quando isso ocorre sempre está ligada ao seu companheiro Zumbi dos Palmares. O que nos faz pensar como a sociedade brasileira sempre negou, e ainda nega, a importância do papel feminino nas lutas de sua história.
Queremos trazer a tona a grande guerreira que foi essa mulher. Dandara aprendeu desde pequena os serviços de cultivo, que eram parte da rotina dos negros. Mas também aprendeu a lutar capoeira e empunhar armas. E quando adulta tornou-se líder das mulheres no exército negro palmarino.

Quando os negros se rebelaram contra a escravidão no Brasil e conseguiram na Serra da Barriga estabelecer o Quilombo dos Palmares, Dandara estava do lado de Ganga-Zumba nos ataques e na defesa do exército palmarino. Contudo, ao questionar o acordo de paz assinado por Ganga-Zumba e os portugueses, opôs-se a essa atitude, e se juntou a Zumbi na luta pela liberdade integral de seu povo e pela segurança de Palmares.

Como mulher guerreira e revolucionária Dandara mantinha seu radicalismo e era totalmente contra os acordos de paz que a Coroa Portuguesa tentava estabelecer com os quilombolas, sabia que essas tentativas poderiam levar os negros a escravidão novamente.

Seu espírito de luta impulsionava Zumbi e os demais na resistência combativa. Dandara era consequente e lutou até o fim pelos seus ideais de liberdade. Morreu junto aos demais quilombolas no grande ataque contra Quilombo em 1694, após a destruição da cerca dos Macacos.

Dandara por muitos esquecida, para nós ainda viva,e presente como exemplo de guerreira nas lutas das mulheres negras brasileiras.




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