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PRECARIZAÇÃO DO ENSINO E DOCÊNCIA NO RIO | DENÚNCIA: Professores da rede são transferidos para disciplinas em que não são habilitados

Os professores do Estado do Rio de Janeiro têm denunciando nas mídias e diversas redes sociais, e hoje na matéria exibida hoje no Bom Dia Rio de Janeiro, um problema gravíssimo para as condições de trabalho. A SEEDUC (Secretária Estadual de Educação) lançou uma circular (33 de abril de 2017/ Portaria 06 de abril de 2013) que fez com que, após os professores serem convocados em concursos, os professores tenham sido chamados para dar aulas de disciplinas em que não foram habilitados, em escolas que chegam a ficar a três horas de distância das suas residências.

segunda-feira 15 de maio de 2017 | Edição do dia

Foto: André Miguéis

A precarização do ensino público em todo o Brasil fica cada dia mais gritante e insustentável para professores, estudantes e funcionários. No ano passado, a rede estadual do Rio de Janeiro ficou quase 5 meses em greve contra precarização e por aumentos salariais.
Segundo as denúncias, professores que há mais de uma década lecionavam português, agora estão lecionando inglês sem ao menos ter conhecimento da língua. As consequências dessa política nefasta do governo do Rio de Janeiro são enormes para professores e estudantes. Como um professor leciona algo em que não foi habilitado para dar aula, totalmente diferente da disciplina pela qual passou no concurso? Que tipo de aprendizado terão esses alunos?

Na reportagem do Jornal Bom dia Rio de Janeiro, uma professora que não quis se identificar, moradora de Santa Cruz, conta que foi alocada em escola em Engenheiro Pedreira, trajeto que qualquer morar do Rio sabe que apresenta enorme dificuldade de distância, somado à precariedade dos transportes públicos, cada vez mais escassos e lotados. "Que tipo de qualidade de ensino esse profissional vai dar tendo que se deslocar por tanto tempo até a sala de aula?", desabafa a professora.

As regiões para as quais os professores estão sendo enviados ficam em localidades que não eram contempladas no concurso, e impõem aos professores o exaustivo trajeto de seis horas para ir e voltar da escola, tempo que não é remunerado pelo estado.

A Secretaria de Educação nega essa situação, mas toda a população do Rio pode confirmar em suas famílias o estado de calamidade na qual se encontra a educação, assim como todos os profissionais da área. O SEPE (Sindicato dos professores da rede municipal e estadual) anunciou que fará uma reunião com os professores nessa situação para organizar a reivindicação pelos seus direitos. Será feita uma plenária de emergência na segunda-feira, dia 15, às 17h, no auditório do Sepe (Rua Evaristo da Veiga, 55, 7º andar, Centro) especificamente com os professores que estão com problemas de mobilidade.

Sabemos que esse desmonte da educação a nível nacional veio desde 13 anos de governo do PT, onde 13 bilhões de reais foram cortados, e se aprofundam enormemente no governo golpista de Michel Temer. Além disso, Pezão transformou seu governo numa máquina de ataques, e vem atrasando em meses os salários dos servidores, aposentados e pensionistas. Não vamos pagar por essa crise. Exigimos a regularização imediata da situação destes professores e a contratação dos concursos parados para assumir as milhares de turmas que estão sem professores e sem aulas nesse momento no Estado do Rio de Janeiro.




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