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DEM de Eduardo Paes se articula com PSL de Bolsonaro para barrar PSOL na Alerj

“O Psol não manterá a Presidência da Comissão de Direitos Humanos e nem ocupará a Presidência da de Educação.” – André Corrêa, Dep. Estadual pelo DEM.

Luiz HenriqueProfessor da rede estadual em Resende, RJ

quinta-feira 25 de outubro de 2018 | Edição do dia

O Candidato a presidência da ALERJ pelo DEM, deputado André Corrêa, afirmou em entrevista que pretende buscar apoio da bancada do PSL, e que para isso não permitirá que o Partido Socialismo e Liberdade ocupe a presidência de nenhuma comissão, como direitos humanos ou educação.

“Tenho mantido conversas avançadas não só com o senador Flávio Bolsonaro, mas com toda a bancada do PSL. Já conversei pessoalmente ou por telefone com todos os 13 deputados do PSL e assumi alguns compromissos com o Flávio e com a bancada.”

No entanto não é a primeira vez que o pessoal sofre um ataque frontal da bancada conservadora eleita para 2019. André Corrêa na verdade está fazendo eco ao deputado Rodrigo Amorim do PSL, infame por aparecer em um ato com a placa da rua em homenagem a vereadora assassinada Marielle Franco, que afirmou que o PSL tem interesse especial na comissão de direitos humanos.

Em 2019, PSL e DEM terão as duas maiores bancadas da ALERJ, com 13 e 6 cadeiras respectivamente. O PSOL é, junto com o MDB, a terceira maior bancada com 5 representantes, dentre os quais 3 ex-assessoras de Marielle Franco.
No segundo turno, o PSOL se declarou contrário ao candidato Wilson Witzel do PSC, mas sem demonstrar apoio a Eduardo Paes do DEM. Contudo, em uma entrevista, o deputado federal eleito do PSOL, Marcelo Freixo, que também é o atual presidente da comissão de direitos humanos, chegou a afirmar que poderia apoiar o candidato do DEM, caso ele se declarasse contra a candidatura reacionária de Jair Bolsonarodo PSL.

Nós do Esquerda Diário entendemos que nestas eleições manipuladas, a vontade do povo foi confiscada pela intervenção do judiciário golpista, e a está conduzindo em função de seus próprios interesses. Repudiamos Wilson Witzel, que é a nova cara do reacionarismo, mas também somos contrários a Eduardo Paes, que faz parte da mesma camarilha corrupta e antioperária dos governos do MDB no Rio de Janeiro, e que nenhum dos dois representa um veto a Bolsonaro. Muito pelo contrário, ambos buscariam compor a base de um governo PSL.

Sendo assim, não temos ilusões que qualquer um dos dois possa ser uma alternativa e por isso chamamos a todos os trabalhadores que votem nulo para expressar o mais amplamente possível o rechaço popular a esses carrascos e lutemos juntos por construir comitês de luta nos locais de trabalho e estudo para combater os governantes que virão nos atacar ainda mais, bem como para exigir que as centrais rompam sua paralisia e convoquem desde já um plano de luta, pois independente dos resultados eleitorais, estão preparando enormes ataques a população.




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