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EM CAXIAS DO SUL | DCE e CONSUNI votam por aumento da mensalidade na UCS

Na última quinta-feira (13/10), aconteceu a reunião do Conselho Universitário da Universidade de Caxias do Sul (UCS), onde foi deliberado reajuste para o próximo período.

domingo 16 de outubro de 2016 | Edição do dia

Fazem parte do Conselho desde a CIC (Câmara da Indústria e Comércio) até o prefeito Alceu Barbosa Velho/PDT, empresários e administradores do Estado juntos decidiram logicamente por descarregar a conta da crise econômica nos estudantes, votando por um reajuste de 11,45%.

O questionamento pode começar a ser feito a partir de quem gerencia a universidade, que não são nem os estudantes, nem os professores e muito menos os funcionários terceirizados super explorados. Um pequeno grupo de empresários e políticos define os rumos da educação da forma que seja mais conveniente aos seus interesses, impondo a lógica do mercado e lucrando em cimda dos estudantes.

O DCE da UCS, controlado pela UJS - que deu um golpe nas últimas eleições pois perdeu nas urnas - diz descaradamente estar ao lado dos estudantes ao defender um reajuste de "apenas" 9,15%. Não poderíamos esperar nada de diferente vindo de um partido (PCdoB) que por 13 anos promoveu junto com o PT uma grande conciliação com os banqueiros e empresários, fazendo estes lucrarem como nunca até então. E que, com a consolidação de um golpe institucional no país, que ele mesmo se diz contrário, não promoveu nenhuma mobilização tendo o DCE da maior universidade da cidade. Trouxe apenas um grande show do tradicionalista gaúcho Luiz Marenco durante a semana farroupilha.

Os estudantes não podem aceitar que um punhado de empresários em conluio com um DCE burocratizado aprovem mais um aumento, sobrecarregando ainda mais a juventude e impedindo que muitos ingressem ou permaneçam na universidade. É preciso organizar a resistência contra os conselhos autoritários, independente da burocracia estudantil da UJS, que impede qualquer luta séria contra os aumentos, já que também os defende.

Assim como é urgente também avançar no debate de para quem serve a UCS hoje, controlada pela prefeitura, igreja católica e empresários da cidade, e lutarmos não só por 0% de reajuste mas por uma UCS 100% pública, com educação de qualidade que esteja a serviço do conjunto da sociedade e sob controle dos estudantes e de todos os trabalhadores.




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