terça-feira 3 de dezembro de 2019 | Edição do dia
Completando 2 meses de salários atrasado, de outubro e novembro, os trabalhadores terceirizados da saúde municipal do Rio de Janeiro estão sofrendo na pele a política de Crivella, Bolsonaro, assim como o resultado das políticas privatistas de Eduardo Paes na Saúde.
Na última quarta-feira, o Tribunal Regional do Trabalho decretou o arresto das contas da prefeitura. Foram R$ 325 milhões arrestados. No entanto, os trabalhadores da saúde ainda não viram a cor do dinheiro. Segundo relatam alguns, a Advocacia Geral da União (representando Bolsonaro) entrou com um recurso contro o arresto. O julgamento ocorrerá nesta quinta-feira. Pelas redes sociais, trabalhadores convocam um ato na porta do TRT, nesta quinta 05/12, às 13h.
São dezenas de milhares de trabalhadores sem salário, contratados via as Organizações Sociais de Saúde, ou seja, via terceirização. Junto à eles, também trabalhadores do setores de limpeza de diversos hospitais sofrem com atrasos nos salários.
Enquanto isto, os salários dos políticos e dos vereadores, além de altíssimo, cai certinho no dia. Isto é porque são uma casta de políticos que usam seus cargos para favorecer os interesses de empresários dos planos de saúde e de donos das empresas terceirizadas que recebiam repasses vultosos e pagavam salários de fome para os trabalhadores da saúde. Agora que a prefeitura parou de repassar, virou um jogo do empurra. Nem Crivella assume as responsabilidade pelos trabalhadores, nem as OSS.
Quem sofre o resultado de tudo isso são os trabalhadores da saúde e os usuários do SUS, das Clínicas da Família, dos Caps e de toda a rede pública de saúde. O que mostra que a luta dos trabalhadores da saúde por melhores condições de trabalho é uma luta também por todo o povo que é atendido no SUS, e por isso deve ser apoiada pela população.
