×

DEMISSÕES E SALÁRIOS ATRASADOS | Crise indústria metalúrgica Ltda

quinta-feira 21 de maio de 2015 | 00:01

Esta empresa onde trabalho foi fundada em 1968 e que situa-se na rua Henry Ford na altura do numero 832 no bairro da Moóca, região central de São Paulo, continua atrasando os salários de seus funcionários, este drama que os trabalhadores desta empresa vem passando não é um drama isolado. somente desta empresa, mas que também não justifica o descaso que a mesma tem tido para com seus funcionários.

Os patões em todas as reuniões citam a mesma estória de que estão passando necessidade e que é uma realidade nacional, buscando assim justificar o porque de não estarem cumprindo com suas obrigações, mas ao mesmo tempo estão promovendo demissões, atraso nos salários, e tentam até justificar: dizem que as demissões são para ter redução nos gastos e poderem honrar seus compromissos, mas ao mesmo tempo não pagam os salários dos funcionários que estão ficando na fabrica, dentro deste contexto, a fábrica não teve um só dia que parasse de produzir. A fábrica continua produzindo normalmente, daí vem a pergunta para onde esta indo o dinheiro que a empresa pega com a venda das peças que estão sendo produzidas? Estão pagando os demitidos regularmente? Como foi dito e acordado com a empresa com o conhecimento do sindicato que isto seria feito? Lógico que não, todos nós sabemos disso.

Estes empresários que para muitos são referência de pessoas que “venceram na vida”, fazem mil e um rodeios, mas de forma nenhuma eles dizem que a culpa é única e exclusivamente deles e do sistema capitalista o qual eles defendem. Estes empresários que só nesta empresa vem explorando o trabalho de seus funcionários desde 1968 e que, em 52 anos de atividade, esta empresa se sustenta do suor dos que ali trabalham e que já trabalharam. E agora, ela vem pedir a todos os funcionários que tenham paciência, pois a empresa está passando por dificuldades, a pergunta que fica no ar: quem produziu a riqueza desta empresa? E quem se apoderou desta riqueza e agora leva a empresa para a beira da falência?

Os trabalhadores desta empresa sacrificam-se diariamente de todas as formas até mesmo tirando do próprio bolso as conduções para irem trabalhar. Já aceitaram todo tipo de rebaixamento em seus benefícios como o vale refeição e até mesmo em seus salários, mas o patrão continua demitindo dizendo que é necessário fazer isso, a situação continua a mesma, qualquer pessoa chegaria a conclusão de que não adianta em nada ficar aceitando as imposições do patrão pois isso não vai ajudar em nada, pelo contrário só piora a nossa vida, então qual a alternativa que é necessária nesse sentido? A primeira delas é não aceitar nenhuma demissão, e já que o patrão fala tanto em crise e que a empresa está passando por necessidade, então que ela abra seus livros de contabilidade e que os trabalhadores decidam sobre os gastos e cortes que devem ser feitos na empresa.

Por outro lado, a consciência dos trabalhadores tem ainda uma confiança no Sindicato dos Metalúrgicos de São Paulo, ligado à Força Sindical, mas que começam a se desiludirem com estas direções, pois este sindicato, por intermédio dos seus dirigentes, Bombeirinho e companhia, fazem diversos acordos pelas costas dos trabalhadores e isso, por mais que fique muito claro, os trabalhadores ainda não tem confiança em suas próprias forças.

Em primeiro lugar, temos que nos unir acreditar que podemos e que devemos confiar em nós mesmos nos organizar, mostrando para estes patrões, como para todos os outros, que somos uma classe e que iremos lutar contra os ataques que eles planejam contra nós.

Isto, logicamente, vai ter que ser feito em enfrentamento direto com os patrões e a direção pelega do sindicato, pois são eles que, em conluio com os patrões, tapam os olhos para isso e colocam na cabeça dos trabalhadores a ideia de que não tem mais o que fazer, levando a nossa luta para a derrota. Se quisermos ser vitoriosos temos que, nós mesmos, fazer uma luta independente por nossas reivindicações e para retomar o sindicato para a nossa luta que é a única saída para esse problema que faz com que muitos, por não terem uma direção, não desenvolvam essa necessidade desencadeando numa luta.

Está luta é a luta pelo emprego, salário e dignidade, a não aceitação de nenhuma demissão. E se o patrão insistir em demitir, só restará aos trabalhadores a única alternativa que é a de tomar a fábrica e colocar ela para trabalhar sobre o controle dos mesmos com comissão de fábrica com mandatos revogáveis, isso é apenas algumas das coisas que os trabalhadores tem que fazer se quiserem garantir, pelo menos, um nível de condição de vida.




Comentários

Deixar Comentário


Destacados del día

Últimas noticias