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CRISE DA AGUA | Crise hídrica atinge diferentes estados, deixando milhares de pessoas sem água

quarta-feira 22 de março de 2017 | Edição do dia

Apesar de ser o dia internacional da água, a ganância dos grandes empresários e latifundiários não permite que o Brasil comemore, muito pelo contrário. De acordo com a Folha de São Paulo, os diversos casos de seca dispararam no período de 2003 a 2015, fazendo com que diversos estados decretassem estado de emergência e até calamidade pública. No período de 13 anos, o número desses episódios subiu 409% e o salto de cidades no país que se encontram em situação de calamidade saltou em 199%.

A mesma Folha coloca que a seca do Nordeste é a pior desde 1961. Enquanto o agronegócio e as grandes empresas esbanjam água, os trabalhadores e setores populares são privados de usar esse elemento essencial para a reprodução da vida.

O ministério afirma que em situações como essa oferece ajuda para a criação de poços artesianos, o transporte de carros-pipas e a realização de obras de adutoras. Mas essas medidas são de curto prazo. Isso mostra que qualquer política séria para esta área, tem que atacar a ânsia de lucro dos ricos, algo que o estado é incapaz de fazer pois está a serviço dos mesmos.

O problema da seca não atinge somente o Nordeste. O governo do Distrito Federal iniciou o ano de 2017 impondo para a população um rodízio que alterna o corte de água por um dia a cada seis em todas as regiões. Esta crise tende a piorar com a chegada do período da seca, que se estende de abril a setembro.

As áreas abastecidas pelo sistema descoberto, que representam 62% das casas, estão no rodízio desde 16 de janeiro. Os palácios do Planalto, da Alvorada e do Jaburu, além dos ministérios e do Congresso Nacional não estão submetidos ao rodízio.

O Estado de São Paulo viveu nos anos de 2014 e 2015, uma das suas piores crises hídricas chegando ao ponto do reservatório da Cantareira chegar a 3,4% de sua capacidade total.

De acordo com a meteorologista da USP, Maria Elisa Siqueira, a sucessão de eventos de seca na história do Brasil e a previsibilidade do clima, mostra o razoável atraso na adoção de práticas mais sustentáveis de administração da água. A ANA admite que tem percebido ’’a necessidade de atualizar as práticas regulatórias e de gestão’’.

A saída dos governos é pedir para que a população consuma menos água, porém não coloca que o agronegócio é responsável por 60% do desperdício de água no Brasil, atrás do setor industrial com 26% e por ultimo o consumo humano com 14%. Isso mostra que a ânsia de enriquecer cada vez mais dos grandes capitalistas destrói o meio ambiente e a vida da população.




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