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CRISE DA ÁGUA NO RIO | Crise da água no RJ eleva em 40% preço da água mineral e Witzel segue destruindo a CEDAE

Em meio à crise da água no Rio de Janeiro, população enfrenta aumento de 40% no valor da água mineral. Sem água potável, população sofre com a privatização e destruição da CEDAE.

quinta-feira 16 de janeiro de 2020 | Edição do dia

Uma crise absurda de abastecimento de água avança sobre o Rio de Janeiro e há semanas os cariocas relatam através de fotos e depoimentos o descaso do Governo com um direito básico: água tratada. Fotos denunciam que população tem recebido em suas casas água "marrom" e são orientados à não consumi-la, incluindo não apenas tomar ou cozinhar, como evitar contato com mucosas, ou seja, não conseguem se quer realizar higienização básica.

Diante deste cenário, o Procon-RJ apurou um aumento de 40% no preço de água mineral. Na Zona Oeste do Rio de Janeiro, galões de 20 litros que custavam em média R$32, passaram a custar R$ 45. Em Botafogo, na Zona Sul, o galão de 5 litros subiu 42,85%, passando de R$ 7 para R$ 10.

Enquanto o salário mínimo atinge pouco mais de mil reais, sendo incapaz de cobrir sequer a inflação, o aumento da água mineral impõe uma situação de completa vulnerabilidade para a população mais pobre, a mais afetada pela crise da qualidade da água.

Veja também: Mais de 1 milhão de pessoas sofrem com falta de fornecimento de água limpa no Rio de Janeiro

A CEDAE,Companhia Estadual de Águas e Esgotos do Rio de Janeiro, foi atacada em 2017 com o início de seu projeto de privatização, e desde então, o abastecimento e tratamento de água e esgoto na cidade vem deixando milhares à mercê de uma água podre.

Em março do ano passado, a CEDAE demitiu 54 trabalhadores, como parte do projeto de sucateamento da companhia, e em grande parte engenheiros e técnicos responsáveis pela manutenção do controle de qualidade da água.

Veja também: Água podre no Rio é fruto da precarização privatista da CEDAE

Sob a gestão de Witzel, a CEDAE foi colocada sob comando de Pastor Everaldo, do PSC - seu partido, ex-candidato à presidência em 2014 e amplamente conhecido pela sanha privatista dos serviços públicos. Como resultado deste projeto de destruição da CEDAE, os cariocas enfrentam uma imensa crise, recebendo em suas casas água escura e com cheio pútrido.

O direito à saneamento básico é um fundamental e elementar, sendo atacado e negado por parte dos governos e seus projetos privatistas, para satisfazer a ganâncias dos capitalistas. À nível nacional, avança o projeto do governo Bolsonaro para entregar às mãos do capital privado o saneamento básico dos brasileiros, transformando ainda mais em mercadoria o direito à saúde e a moradia digna.




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