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DESMONTE DA EDUCAÇÃO | Criminoso corte na educação abala Colégio Pedro II no Rio de Janeiro

Corte de 18 milhões de Reais deixa tradicional instituição de ensino em situação desastrosa.

sábado 4 de maio de 2019 | Edição do dia

Visando a separação do movimento estudantil ao lado dos trabalhadores, Bolsonaro e seu grupo sanguinário atacam o futuro dos estudantes e trabalhadores do Rio de Janeiro, como no caso do Colégio Pedro II (CPII) e o Instituto Federal de Ciência e Tecnologia (IFRJ).

Reconhecido como o “Colégio Padrão do Brasil” e sendo seu programa de ensino um modelo de educação de qualidade inclusive para colégios da rede privada, que por sua vez solicitavam ao Ministério da Educação o reconhecimento de seus certificados com a justificativa de ter itens semelhantes de seus currículos aos do Colégio Pedro II acaba de sofrer um grande impacto. O colégio que sempre contou com corpos docentes de grande qualidade e alvo de todo jovem e trabalhador no Rio de Janeiro passa por um momento de ataque brutal com um corte de 36,7% pelas mãos do Governo Federal, tal corte desencadeará implicações devastadoras e graves consequências para a manutenção da instituição. Nesta semana também houveram cortes de 30% em instituições públicas no interior do Estado do Rio e na Universidade Federal Fluminense (UFF), segundo comunicado, tal corte leva a uma perda de mais de 18 milhões para o custeio das unidades. No Rio de Janeiro são oito campi que atendem alunos da educação infantil ao ensino médio. De acordo com Oscar Halac, reitor do Colégio Pedro II, o bloqueio asqueroso efetuado pelo Governo Federal, inviabiliza o custeio das instituições, ou seja, precarizando não somente a estrutura, como o dia a dia dos estudantes e trabalhadores.

Com preocupação e tristeza trabalhadores, pais de estudantes, e a comunidade recebem a noticia, como por exemplo Reinaldo de Medeiros, pai de uma estudante da unidade do centro.

“É um crime completo contra toda a sociedade”, disse Reinaldo de Medeiros, na manhã desta sexta-feira (3) ao saber do comunicado dos diretores gerais postado na página oficial do colégio sobre o corte de quase 37% no orçamento do estabelecimento de ensino para 2019. Reinaldo relata que irá sofrer duas vezes com o corte no colégio da filha e no Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia (IFRJ), onde cursa técnico de química.

Outros trabalhadores lamentam e argumentam que desde o governo Dilma o Colégio Pedro II vem sofrendo cortes. Os pais por sua vez, tem que cotizar para conseguir o mínimo como, por exemplo: papel para apostilas para os alunos mais pobres. Tal entrave leva grande risco de fechamento a uma instituição de ensino tão renomada no Brasil. Pais de alunos alegam, que não haverá como arcar com as despesas básicas como água, luz, merenda, gás e etc, a instituição já esta sem serviço telefônico a meses. Sem contar que alunos mais carentes ficarão sem auxilio, como materiais didáticos e uniformes.

Não satisfeitos, Bolsonaro e sua corja direcionam ataques a outras instituições, tendo corte de quase 33% no orçamento total de 2019, o que equivale a mais de 16 milhões. O Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia informou que com tal corte, terá recursos para se manter somente até agosto e que tal redução no orçamento afeta diretamente as ações de ensino, pesquisa e extensão em andamento, impactando diretamente a vida dos servidores, estudantes e professores, deixando-os sem expectativas e nas mãos dos capitalistas. Os setores mais pobres do Rio de Janeiro ficarão a mercê da precarização de ensino, levando estabelecimentos privados a lucrar ainda mais, o que não é novidade, vindo desse governo e toda sua equipe odiosa que visa beneficiar os patrões e rechaçar a classe trabalhadora e movimento estudantil.

Não podemos nos calar frente a esse ataque que expressa o ódio de Bolsonaro e tudo que o cerca a nós trabalhadores e estudantes. Não podemos deixar cair por terra a mais antiga instituição de ensino básico federal do Brasil, uma das escolas mais tradicionais do país sendo reconhecida pelo bom ensino como o Colégio Pedro II.

Nesta semana Bolsonaro e sua corja começam a atacar as universidades e institutos federais, com cortes de 30% em seus orçamentos, nesse marco, o MEC declara que tal medida, que inviabiliza a existência de dezenas de centros de pensamento do país, poderia ser revista caso a Reforma da Previdência que tem como objetivo entregar nossas vidas aos burgueses for aprovada de fato.

Está claro que Bolsonaro e sua equipe de serviçais dos banqueiros veem na juventude juntamente aos professores, setores que podem estar na linha de frente em se levantar contra esse grande ataque.

Mais do que nunca, é preciso levantar a necessidade de unificar as categorias, lado a lado aos jovens, por um programa que imponha que sejam os capitalistas a pagarem pela crise. Apenas abolindo o pagamento da dívida pública, ilegal, ilegítima e fraudulenta, que assegura a espoliação imperialista no país e enche os bolsos dos banqueiros, é possível garantir que haja investimento na educação, que já vem sendo atacada pela PEC 55, e direito à aposentadoria. A aliança potente entre estudantes e professores, como porta-voz do conjunto da classe trabalhadora e da juventude sistematicamente excluída das universidades pelo filtro social do vestibular, pode incendiar outras categorias e derrotar os ataques de Bolsonaro de conjunto. Entretanto, as centrais sindicais dão trégua ao governo há meses, e setores como Paulinho da Força já declararam a necessidade negociar a Reforma da Previdência, defendendo uma “versão mais desidratada” no próprio 1º de Maio.

Para o dia 15, está sendo chamada uma paralisação nacional em defesa da educação e Contra a Reforma da Previdência. É preciso que a UNE, a CTB e demais centrais sindicais constua esse dia efetivamente, chamando assembleias em todo o país e paralisando nos locais de estudo e trabalho, para não deixar os professores isolados e construir uma luta efetiva contra Bolsonaro. É unindo forças que podemos derrotar os ataques do governo, impor o não pagamento da dívida pública e a garantia de um projeto de universidade e de educação que estejam a serviço da classe trabalhadora, e não das empresas, levantando o fim do vestibular e a estatização das universidades privadas. Ao contrário do que quer a corja do governo, com seus ministros, não podemos aceitar que sigamos pagando a crise que os capitalistas criaram.




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