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GREVE DOS CORREIOS | Correios e bancários, a parceria tem que ser dos trabalhadores, não dos patrões

quinta-feira 24 de setembro de 2015 | 00:53

Bancários da Ag. Sete de Abril da Caixa, em apoio à greve dos correios

Não é novidade para os bancários a saída que os bancos têm dado para ampliar sua rede de atendimento. Para cada agência que os bancos abrem com número totalmente insuficiente de bancários, existe uma série de outros pontos de atendimento que se estruturam através da terceirização e precarização de milhares de trabalhadores que sequer tem os mesmos direitos que os trabalhadores bancários, que sequer são reconhecidos como tal.

A figura do correspondente bancário é a chave desta precarização e, vejam só: os Correios hoje, através do Banco Postal, são uma enorme rede de correspondentes bancários hoje pertencente ao Banco do Brasil e que, outrora, já foi do Bradesco. Isso significa que praticamente todas as agências de Correios do país funcionam como agências bancárias, onde se realizam diversos serviços bancários, desde abertura de contas até pagamentos de boletos. O que não se vê, no entanto, são os trabalhadores com os mesmos salários e direitos dos bancários ou mesmo com as mesmas condições de segurança de uma agência bancária.

Todo este processo se aprofundou ao longo dos governos do PT e é escandalosa a forma como uma das principais empresas públicas do país não só é alvo de corrupção como as denúncias no caso do mensalão, mas também tem toda a sua estrutura e seus milhares de trabalhadores sendo sobrecarregados e precarizados a serviço direto dos interesses e do lucro dos banqueiros.

O fato de nos reconhecermos trabalhadores já nos coloca do mesmo lado do campo de batalha. Mas as semelhanças vão além. Para nós bancários, especialmente, se trata de muito mais do que apoio. A luta dos trabalhadores dos Correios tem a ver diretamente com a luta dos bancários pelo fim da terceirização, e da precarização do trabalho e atendimento à população. Os carteiros, atendentes, OTTs, que tem saído à greve, que tem se fortalecido na organização a partir de seus locais de trabalho, mostram o caminho de como as lutas de trabalhadores dos correios e bancários não só podem, mas devem se fundir, e não só para combater os ajustes, mas também derrubar as direções traidoras parasitas nos sindicatos e ir por mais.




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