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CORREIOS | Convênio médico é suspenso em Campinas e trabalhadores não aceitam

UNIMED Campinas, conveniada ao Postal Saúde, suspende atendimento aos trabalhadores dos Correios. Em assembleia, decidiu-se pela greve até que o convênio seja restabelecido.

quinta-feira 18 de fevereiro de 2016 | 06:53

Na terça-feira, 16, muitos ecetistas e seus familiares foram surpreendidos na região de Campinas ao utilizar a carteirinha da UNIMED. Barrados em hospitais e clínicas, atendimentos e até mesmo procedimentos cirúrgicos foram cancelados, gerando situações dramáticas. Como resposta, a orientação da ECT foi de que procurássemos os credenciados do Postal Saúde, o que não é tarefa fácil, já que a rede é significativamente menor e constantemente mesmo os credenciados suspendem o atendimento por falta de repasse do Postal Saúde.

Nos últimos anos, todos os conflitos na empresa tiveram como centro a defesa do direito a saúde, já que a criação do Postal Saúde, em substituição ao Correios Saúde, já dava mostras do nível de precarização que viria. Ao contrário do plano anterior, vinculado diretamente ao RH dos Correios, o Postal Saúde é uma caixa de assistência criada para gerenciar o plano. A ideia da empresa sempre foi a de que deveria funcionar como um convênio particular, com cobrança de mensalidade e gerando lucros como uma empresa normal. Como a mobilização dos trabalhadores vem sistematicamente impedindo este nível de ataque, o Postal Saúde não consegue cumprir o papel planejado, gerando ao contrário, prejuízos, já que possui gastos como de uma empresa, com um alto escalão recebendo milhões para precarizar nossa saúde. Como consequência, e na tentativa de forçar a aceitação deste ataque, atendimentos são suspensos constantemente.

Essa situação escandalosa tem se espalhado por todo o Brasil, mas para os trabalhadores de Campinas e região, a suspensão da UNIMED, principalmente da forma como foi realizada, deixando os trabalhadores na mão justamente num momento de urgência, foi a gota d’água.

Reunidos em assembleia na quarta-feira, 17, decidimos entrar em greve por tempo indeterminado.

Ainda durante a assembleia, discutimos a importância de nos ligar aos operários da MABE, apoiando sua luta, pois os ataques à classe trabalhadora nos atingem a todos e são expressão da união entre governos e patrões para descarregar em nossas costas a crise deles. Não aceitaremos!




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