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ENTREGUISMO | Contra "indústria da demarcação" e indígenas, Bolsonaro quer entregar a Amazônia para exploração dos EUA

Em entrevista na rádio Jovem Pan, Bolsonaro afirma que irá atacar as terras indígenas e rever demarcações. O objetivo é poder entregar a Amazônia, bem como recursos naturais, para a exploração dos EUA, em uma política abertamente entreguista e pró-imperialista, para fazer com que trabalhadores e setores oprimidos, como quilombolas e indígenas, paguem pela crise capitalista.

terça-feira 9 de abril de 2019 | Edição do dia

O projeto de governo de Bolsonaro, pautado em reformas e ataques contra os setores oprimidos é parte de uma política entreguista e pró-imperialista, para dar de bandeja os recursos naturais e as riquezas nacionais para os Estados Unidos. Desta vez, Bolsonaro declarou em entrevista que irá rever as demarcações das terras indígenas, para explorar a região sob tutela dos EUA.

“A demarcação que eu puder rever, eu vou rever”, declarou Bolsonaro em entrevista na Rádio Jovem Pan. Além disso, afirmou que indígenas e quilombolas podem explorar suas terras como acharem melhor. O desmatamento que avança galopante sobre a Amazônia, em nome do agronegócio, bem como em outras regiões do país onde a mineração deixa suas consequências, como por exemplo Mariana e Brumadinho, afetando milhares de trabalhadores, e também de comunidades indígenas que passam a lutar contra o solo e água totalmente contaminados.

Para Bolsonaro, a demarcação das terras indígenas é na realidade uma “indústria”, que inviabiliza o projeto para a floresta Amazônica. Tal projeto, é como Bolsonaro denuncia em suas falas e ações, um projeto que irá entregar todos os recursos naturais, como Amazônia e Pré-sal, para a exploração livre e lucrativa das potências imperialistas, em especial os Estados Unidos, descontando por outro lado, a crise nas costas dos trabalhadores aprovando ajustes e reforma, como a previdenciária.

Veja mais: Bolsonaro: "Se eu assumir, índio não terá mais 1cm de terra"

Os ataques às populações indígenas não se mostram apenas na ofensiva ideológica, com declarações racistas como afirmar que “quilombolas são preguiçosos” e, quando em sua campanha, declarou que os indígenas não teriam 1cm de terra em seu governo. Com sua política armamentistas, pró agronegócio, Bolsonaro ataca movimentos por moradia e por terra, propondo armar ruralistas contra aqueles que lutam pelo direito digno à terra.

Para enfrentar Bolsonaro, é preciso construir uma força orgânica de trabalhadores em aliança com todos os setores oprimidos, como mulheres, negros, indígenas e LGBTs, sem separar os ataques ideológicos e econômicos de Bolsonaro, pois ambos estão à serviço de uma política pró-imperialista e entreguista, para descarregar a crise capitalista nas costas dos trabalhadores. As centrais sindicais precisam romper com sua paralisia e trégua com Bolsonaro, organizando trabalhadores em cada local de trabalho, bem como todas as entidades estudantis precisam organizar a juventude, para que possam, através de um plano de lutas, defender um projeto capaz de responder às necessidades dos trabalhadores e de todos os setores oprimidos.




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