Em 6 de abril de 2016 a Reitoria da USP emitiu um ofício (CODAGE/194/2016) exigindo a desocupação da sede do SINTUSP (Sindicato dos Trabalhadores da USP) em 30 dia. É mais um ataque à organização dos trabalhadores. A resposta só pode ser uma: Resistir!
Patricia GalvãoDiretora do Sintusp e coordenadora da Secretaria de Mulheres. Pão e Rosas Brasil
quarta-feira 4 de maio de 2016 | Edição do dia
A reitoria declarou guerra! Em entrevista à Veja, em 2014, Marco Antônio Zago, reitor recém “eleito”, afirmava que era preciso acabar com a dinâmica de sindicalismo na USP. Desde lá, atacou a organização dos trabalhadores de diversas formas: processos administrativos, ameaças de demissões, bloqueios proibindo atos e manifestações e agora ataca frontalmente a sede do SINTUSP, exigindo sua retirada em 30 dias.
O Sintusp ocupa sua atual sede desde os anos 60, ou seja há mais de 50 anos. A reitoria, ainda sob o regime militar, só tentou uma vez retirar o sindicato e a resposta foi clara, como lembra Magno Carvalho, um dos diretores do SINTUSP, “se vierem, que venham armados, pois a recíproca será verdadeira”. Recado dado, os trabalhadores decidiram que também desta vez vão resistir!
O manifesto em defesa do direito de organização sindical, contra a ordem de desocupação da sede do SINTUSP, já conta com centenas de assinaturas de intelectuais, juristas entidades e organizações, além de diversas Congregações da USP já terem aprovado moções de apoio ao sindicato e aos trabalhadores.
No dia 06 de maio, prazo dado pela reitoria para desocupação, o sindicato uma festa na sede, a Festa da Resistência, cujo mote “Do morro não saio, daqui ninguém me tira” marcará a luta em defesa do direito de organização dos trabalhadores. No dia anterior, 05 de maio, haverá uma paralisação contra o desmonte da universidade, do Hospital Universitário e os ataques da reitoria que deverá votar o indicativo de greve da categoria.
Resistiremos! Contra os ataques da reitoria e dos governos!
