O senado votou majoritariamente a favor do pacto negociado pelo governo de Alberto Fernandez com o Fundo Monetário Internacional. O ministro da Economia, Martín Guzmán, celebrou eufórico a aprovação do acordo que fará os trabalhadores e o povo pobre argentino pagar a maior parte da conta.
sexta-feira 18 de março de 2022 | Edição do dia
Com 56 votos favoráveis, 13 contrários e 3 abstenções, o Senado validou aprovou o acordo de ajuste com o FMI, enquanto do lado de fora habia manifestações para a rejeição do acordo.
O texto havia sido votado favoravelmente pela Câmara dos Deputados há poucos dias e agora, com a votação do Senado, é aprovado definitivamente pelo Congresso. O ministro da Economia, Martín Guzmán, celebrou um acordo que, como apontam analistas, organizações sociais e até setores do próprio partido no poder, trará grandes ajustes nas condições de vida da grande maioria.
É totalmente falso quando o ministro Gusmán aponta que, com o acordo, “não há retirada de direitos nem dos trabalhadores nem dos aposentados”. O acordo, conforme estipulado na carta dos Memorandos assinados, inclui secretamente ataques importantes ao falar de "parâmetros estruturais de referência", "prorrogação voluntária da idade de reforma" e um "estudo dos regimes especiais". Ou seja, abrir a discussão sobre o aumento da idade de aposentadoria e a sustentabilidade do sistema previdenciário. O que na verdade implica em discutir um reajuste ainda maior sobre a renda de milhões de pensionistas, atuais e futuros.
Esta medida aponta de qual lado realmente está o governo tido como “progressista” de Fernandez e Cristina Kichner: ao lado dos grandes poderosos que descarregam a crise nos ombros dos trabalhadores e da população.
A Frente de Esquerda-Unidade (FIT-Unidade) prepara uma grande mobilização no dia 24 de março para enfrentar este pacto com o FMI, que prepara novos ataques ao povo trabalhador.
