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CONTRA A REFORMA DA PREVIDÊNCIA E TRABALHISTA | Como paralisar seu local de trabalho contra a reforma da previdência e trabalhista no dia 28

Nesta sexta inúmeras categorias vão parar em todo o país contra a reforma da previdência e a reforma trabalhista de Temer. Este texto tenta contribuir para que o maior número de trabalhadores e suas categorias possam participar deste dia que promete ser histórico para a luta dos trabalhadores do Brasil.

segunda-feira 24 de abril de 2017 | Edição do dia

Esta sexta promete entrar para a história, na lista das maiores paralisações nacionais dos trabalhadores no Brasil. E não é para menos, já que há cada dia fica mais claro as intenções do governo golpista que quer fazer com que os trabalhadores paguem pela crise, com inúmeros ataques dentre eles a reforma da previdência e a reforma trabalhista, que tem por objetivo fazer a gente trabalhar até morrer, 48h por semana.

1. Como participo da paralisação?

Se o governo tem seus políticos de aluguel, a mídia defensora dos ataques e as forças de repressão para intimidar as manifestações, nós temos a principal arma que é o poder de parar a produção, atingindo o lucro dos empresários e imobilizando o estado. A greve ou paralisação é a arma histórica dos trabalhadores contra patrões e governos. Se o sindicato ainda não organizou a paralisação de sua categoria neste dia 28, este é o momento de cobrá-lo, pois deveria estar defendendo os interesses dos trabalhadores. Converse e se organize com seus colegas de trabalho, e busquem saber Central Sindical o seu sindicato é filiado. A CUT, a CTB e a Força Sindical, entre outros, assinam a convocatória de paralisação do dia 28, então todos seus sindicatos deveriam estar a serviço disto.

Imagem do 15 de março contra a reforma da previdência.

2. Quem decide paralisar?

Apesar de ser dever do sindicato organizar os meios para que os trabalhadores lutem contra os ataques, quem decide ou não paralisar são os próprios trabalhadores em uma assembleia da categoria que o sindicato tem o dever de organizar. Além disto, tudo pode ser decidido pelos trabalhadores dentro da assembleia: quanto tempo durará a paralisação, como ela deverá ser, suas reivindicações econômicas e políticas, formas de luta, aliança com outras categorias e tudo o mais que diz respeito à classe. Na esmagadora maioria das vezes, os patrões vigiam os trabalhadores para que não existam assembleias, perseguindo e ameaçando aqueles que consideram “agitadores”, às vezes pagando o próprio sindicato para que as assembleias não aconteçam. Sempre é bom assegurar que as assembleias ocorram fora da interferência da patronal, seja antes da entrada do trabalho ou no pátio longe dos vigias, seja em local reservado pela categoria.

Trabalhadores da USP em uma assembléia da categoria.

3. A assembleia pode passar por cima do sindicato?

A resposta é sim. Em 2014, por exemplo, os Garis do Rio de Janeiro decidiram que fariam greve e seu sindicato, o “Asseio” da UGT, boicotou a greve. Os garis então decidiram manter a greve, elegeram uma comissão de representantes da categoria para as negociações com o governo, e por experiência com as traições de seu sindicato, fizeram com o que a comissão fosse eleita e revogável pela assembleia da categoria. Desta forma, derrotaram o prefeito Eduardo Paes e impuseram suas reivindicações em uma greve que serviu de exemplo nacional cujo slogan era “não tem arrego”.

Garis do Rio em 2014, passaram por cima do sindicato e derrotaram a prefeitura.

4. Como assegurar que a decisão da categoria seja respeitada?

Os patrões e os governos usam pessoas pagas, gerentes e até mesmo sindicalistas vendidos para quebrar a greve dos trabalhadores, os “pelegos”, colocando-os para trabalhar durante a greve. Para que a greve seja efetiva, os trabalhadores podem e devem organizar o piquete (bloqueio) da entrada de trabalho, manifestações de rua e pedindo apoio da população para a sua luta. Só assim também é possível resistir caso a polícia do governo seja acionada para reprimir a legítima manifestação dos trabalhadores.

Trabalhadores da CEDAE em manifestação, conquistando o apoio do povo para sua causa.

Agora que você já sabe como sua categoria pode participar da paralisação do 28A, pode fazer mais que isso! Porque não preparar em cada local de trabalho uma greve geral para derrubar Temer e suas reformas? Com unidade entre todas categorias para parar a produção, assembleias democráticas, comitês de base e apoio da população, isto é possível!




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