×

GREVE USP | Como os secundas em todo o Brasil, construir a greve na USP!

São muitos e já bem conhecidos os ataques que temos sofrido na universidade. Bem conhecida também é a resposta da reitoria às nossas reivindicações.

quarta-feira 11 de maio de 2016 | Edição do dia

Isso fica evidente pelo ocorrido na última reunião de negociação da ocupação da SAS, em que foi acordada a criação de uma comissão autônoma de mulheres. Porém a reitoria passou por cima da decisão e criou ela própria sua comissão, que de maneira nenhuma responde pelas mulheres da universidade. Também ameaçam o despejo da sede do sindicato dos trabalhadores da USP (SINTUSP), um claro ataque a ao sindicato, reconhecidamente combativo.

Além disso, os estudantes sofrem com cortes de bolsas, falta de professores e a precarização de seu ensino. Isso quando conseguem furar o filtro social que é o vestibular, que na USP nem ao menos aceita cotas raciais para negros e indígenas. E, quando o conseguem, é mais uma luta para permanecerem na universidade, principalmente para as mães, que não encontram vagas na creche. Não há como esperar da burocracia universitária outra coisa, e é por isso que se coloca a necessidade de dar continuidade à luta que a ocupação da SAS já está travando.

Não é com imobilismo que conseguiremos algo. Com fortes greves conseguimos muito do que temos hoje e, para barrarmos os ataques e ir por mais, esse é o caminho: construir uma forte greve na universidade que tome como exemplo os secundaristas, que em todo o Brasil lutam contra os cortes de todos os governos à educação para responder a crise e ataques dos governos. Nossa luta é comum, não podemos deixar passar esses cortes. Ataques que já vinham acontecendo com governo do PT, que alimentou a direita que hoje se volta contra ele para que consiga passar ainda mais rapidamente os ajustes e ataques que aquele já vem passando. Não devemos seguir o exemplo do imobilismo da CUT, CTB e UNE, que com sua paralisia deixam passar o golpe institucional que está em curso, mas sim o exemplo dos secundas, ocupando institutos e faculdades dentro da universidade.

Os três setores da USP - trabalhadores, professores e alunos – unidos aos secundas, devem se inspirar na luta destes e construir essa greve. Contra a direita impeachmista e os cortes de todos os governos à educação, em aliança com os secundaristas e trabalhadores, agora é hora de ocupar também as universidades!

Unir as lutas rumo a uma greve nacional na educação!

A juventude aliada aos trabalhadores deve se colocar como alternativa à crise política e econômica que atravessa o país. É preciso dar uma resposta independente e é com uma forte luta que conseguiremos nos colocar a altura do momento histórico que vivemos. Não vamos pagar pela crise!

O movimento estudantil da USP pode cumprir um papel importante, com toda a projeção que tem, como já cumpriu no passado no período da ditadura, por exemplo. Devemos nos dar a tarefa de chamar a unificação dos movimentos em defesa da educação e nos colocar a questionar profundamente a educação como ela é hoje que serve aos interesses dos capitalistas. É hora de lutar pela educação que queremos, a serviço e nas mãos dos trabalhadores, estudantes e da população!




Comentários

Deixar Comentário


Destacados del día

Últimas noticias