Flavia ValleProfessora, Minas Gerais
sexta-feira 22 de janeiro de 2016 | 00:00
Ontem aconteceu o terceiro ato contra o aumento das passagens em Belo Horizonte. Com cerca de 150 pessoas o protesto saiu da Praça Sete, e na altura da rua da Bahia uma parte dos manifestantes seguiu pela pela Afonso Pena e outra no sentido da Praça da Estação.
Os manifestantes protestaram contra o aumento das passagens de ônibus, as péssimas condições do transporte público como a falta de linhas, de ônibus, a lotação dos transportes e o constante assédio sexual que acontece dentro dos ônibus contra as mulheres. Também denunciaram a prefeitura de Márcio Lacerda e o governo de Fernando Pimentel de imporem pela terceira vez ao ano o aumento das passagens.
A referência à luta dos estudantes secundaristas de São Paulo que derrotaram o governo estadual do PSDB de Geraldo Alckmin apareceu várias vezes também na música: "Ai caralho, bateu uma onda forte, venceram nas escolas vamos vencer nos transportes".
Muitos usuários ao longo do ato prestaram solidariedade seja buzinando seja aplaudindo o ato e pegando os materiais contra o aumento, como o da Juventude às Ruas “basta de Deixar nossas Vidas no Busão”, que conjuntamente com a denúncia das péssimas condições do transporte público defende que a gestão das empresas saia das mãos das empresas e seja estatizado sob controle dos trabalhadores e dos usuários. Outra proposta presente no ato foi a defesa da “Tarifa Zero”.
Segue na justiça duas ações contra o aumento, considerado questionável e indevido pela Defensoria Pública e pelo Ministério Público, já que este seria o terceiro aumento em apenas um ano durante 2015, chegando as passagens na capital mineira aos R$3,70.
Uma reunião está marcada às 18 horas da próxima segunda feira, na sede do sindicato de professores da rede municipal de BH, Sindrede, na Avenida Amazonas para debater sobre o próximo ato em Belo Horizonte. Em Contagem, após o segundo ato contra o aumento na cidade, está marcada uma reunião na subsede de Contagem do sindicato de professores, SindUTE, para debater próximas ações, também às 18 horas.