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ATAQUE À APOSENTADORIA | Comissão de vereadores é parte do plano para acelerar aprovação do Sampaprev em SP

Depois que professores e servidores públicos derrubaram a Reforma da Previdência em São Paulo, conhecida como Sampaprev, a medida volta a ser discutida na Câmara Municipal mascarada de uma comissão de estudos com maioria de vereadores favoráveis ao ataque contra a aposentadoria dos trabalhadores.

quinta-feira 29 de novembro de 2018 | Edição do dia

Fernando Holiday e Janaína Lima, presentes na foto, são o relator e a presidente da comissão. Foto: André Moura/CMSP

A comissão criada ontem (28) foi formada de forma totalmente burocrática, sem convocação de reunião para a criação, deixando sindicatos, servidores e a própria população de fora da discussão sobre uma medida que visa atacar profundamente a aposentadoria dos trabalhadores.

Como presidente da comissão está Janaína Lima (NOVO) – que demonstrou total empenho em garantir a criação da comissão de estudos como mecanismo de analisar a reforma em 30 dias, acelerando a aprovação da medida para que saia ainda neste ano – e como relator, Fernando Holiday (DEM). Se os nomes da comissão indicam uma coisa é que farão de tudo para atacar a aposentadoria.

O objetivo da comissão é claro: com um verniz demagógico de análise do Sampaprev, preparar e legitimar a aprovação da reforma e enganar os reais setores afetados, para que não se manifestem e deixem a cargo dos mesmos vereadores defensores de todas as medidas anti-populares e anti-operárias a decisão sobre como melhor atacar a aposentadoria.

Manifestação no dia 15/3 durante a luta que derrotou o Sampaprev no início do ano. Foto: Beatriz Arruda/Comunicação SEESP

Bruno Covas declarou que vai cortar 400 milhões da educação, e esse dinheiro vai sair em primeiro lugar do direito a aposentadoria, mas como um primeiro passo para atacar ainda mais os trabalhadores.

Frente a isso é necessário a massificação da paralisação no dia 5, próxima quarta feira, com o início de uma grande luta que deve se levantar a partir de cada escola e mostrar o caminho para enfrentar os ataques que estão por vir.

Que o SINPEEM, que está convocando essa paralisação coloque todas suas forças e sua estrutura para fazer com que aconteça massivamente fechando as escolas nesse dia. Para isso é preciso desde já fazer passagens nas escolas, enviar boletins aos professores, organizar discussões formativas e com campanha visual e na grande mídia para mobilizar contra esse ataque.

É preciso que a CUT, que dirige a maioria dos sindicatos do município de SP, coloque todo seu aparato para fazer essa paralisação acontecer para além das escolas, convocando assembleias e organizando os servidores para garantir que os serviços públicos também não funcionem no dia 5 de dezembro.

Os professores e os servidores precisam tomar o rumo dessa luta nas suas mãos, exigindo todo o empenho de suas direções, pois só nas ruas é possível vencer.




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