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Antissemitismo | Comentarista da Jovem Pan e assessor de deputado do Avante fala em “matar judeus”

José Carlos Bernardi, além de ser comentarista na reacionária Jovem Pan, é também acessor é funcionário comissionado no gabinete do deputado Campos Machado (Avante) na Alesp. Bernardi associou o desenvolvimento econômico da Alemanha ao Holocausto, defendendo que "se a gente matar um monte de judeus e se apropriar do poder econômico dos judeus, o Brasil enriquece". O Avante é um partido asqueroso, que já se alinhou mais de 80% das vezes com Bolsonaro na Câmara e é composto por uma série de figuras reacionárias.

quarta-feira 17 de novembro de 2021 | Edição do dia

Reprodução/twitter @Bernarditv

Além de comentarista na Jovem Pan, José Carlos Bernardi, é funcionário comissionado no gabinete do deputado Campos Machado (Avante) na Assembleia Legislativa do Estado de São Paulo (Alesp). Bernardi foi contratado em maio, e tem salário de R$ 12.144,27.

Em debate ao vivo na Jovem Pan News, Bernardi sugeriu que a morte de judeus ajudaria o Brasil a enriquecer e associou o sucesso econômico da Alemanha ao Holocausto – o genocídio promovido pelos nazistas que vitimou 6 milhões de judeus na Segunda Guerra Mundial.

Ele discutia com a jornalista Amanda Klein a atuação de países europeus em defesa da Amazônia, chamando isso de “interferência”, e acusando a chanceler da Alemanha, Angela Merkel, de ser “globalista” – discurso defendido por bolsonaristas que seguem as “teorias” de Olavo de Carvalho e da extrema-direita internacional.

Em dado momento, Amanda Klein afirmou: “Quem dera se o Brasil chegasse aos pés do desenvolvimento econômico da Alemanha”.

Foi aí, então, que Bernardi, ainda que com tom irônico, fez o comentário, associando o desenvolvimento econômico da Alemanha ao Holocausto. “É só assaltar todos os judeus que a gente consegue chegar lá. Se a gente matar um monte de judeus e se apropriar do poder econômico dos judeus, o Brasil enriquece. Foi o que aconteceu com a Alemanha no pós-guerra”, disse o comentarista.

O Avante, até abril, apresentou alinhamento de 82% com o governo Bolsonaro nas votações da câmara. O partido também tem como deputado o pastor Sargento Isidório, Policial Militar e defensor da cura gay.

Em eleições presidenciais, o Avante já chegou os maiores inimigos da classe trabalhadora, como José Serra em 2010, Aécio Neves em 2014, e Ciro Gomes em 2018. Em abril, o partido apoiou a nefasta reforma da previdência de Eduardo Paes na Câmara de Vereadores do Rio de Janeiro, além de ter apoia do Alexandre Kalil para prefeito de Belo Horizonte em 2020.

Além disso, o Avante apoiou e compôs o governo de Paulo Serra (PSDB) em Santo André (SP), apoiador de Bolsonaro, assim como a Rede também o fez. Três deputados do Avante na ALMG (Assembleia Legislativa de Minas Gerais) Bosco, Fábio Avelar de Oliveira e Roberto Andrade apoiaram e votaram a favor da nefasta reforma da previdência estadual proposta pelo governador Romeu Zema (Novo), assim como fizeram também em outros estados como São Paulo, junto de Doria (PSDB).

Relembre: Vereadora do Avante de Belo Horizonte vai a escolas buscando censurar professores




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