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DÍVIDA PÚBLICA | Começa campanha pelo não pagamento da dívida pública em Porto Alegre

Em ato contra a PEC 55 e os ataques do Temer, que sofreu forte repressão da Brigada, distribuímos centenas de materiais da campanha pelo não pagamento da dívida pública. Veja algumas fotos na matéria e o texto da campanha.

terça-feira 13 de dezembro de 2016 | Edição do dia

CONTRA OS ATAQUES DE SARTORI E TEMER: NÃO AO PAGAMENTO DA DÍVIDA PÚBLICA!

A Reforma da Previdência e a PEC 55 servem para pagar os juros da dívida pública. Querem cortar em tudo, na saúde e na educação, menos no pagamento para os bancos. Os governos querem que os trabalhadores e a juventude trabalhem até morrer para pagar a conta da crise econômica, ao invés dos políticos corruptos e os banqueiros que lucram montes trilionários com o pagamento da dívida pública.

A dívida pública é o mecanismo que garante os lucros exorbitantes do grande capital financeiro. A base dela é a Lei de Responsabilidade Fiscal, criada por FHC, que consiste em obrigar os governos a pagar uma imensa parte de seus orçamentos para o pagamento de juros e amortizações da dívida. Assim cria-se uma montanha que, quanto mais se paga, mais cresce. Para honrar os interesses dos capitalistas, essa lei se tornou um “mandamento sagrado” que deve ser garantido a todo custo, mesmo que isso implique aumentar as filas nos hospitais, demitir professores ou manter os servidores sem seus salários e 13o.

Os governos de Lula e Dilma continuaram honrando a dívida pública, garantindo os lucros exorbitantes dos bancos. Em 2015, por exemplo, 42,43% do orçamento do governo federal foi gasto para pagar juros e amortizações da dívida (o equivalente a R$ 962.210.391.323,00!). Não podemos aceitar esse roubo!

Aqueles que hoje atacam nossos direitos vivem repetindo que o grande rombo no orçamento nacional é da previdência, mas o custo da previdência representou apenas 22,69% do orçamento.

Temos que dar um basta nessa situação! Para isso, é necessário uma saída para que sejam os capitalistas que paguem por essa crise que criaram. As medidas do judiciário e governos estão a serviço de garantir seus interesses!

Não nos servem também medidas de auditoria da dívida ou da CPI das isenções fiscais; a auditoria parte da ideia de que há uma parte da dívida que deve ser paga e outra que não. Consideramos que nenhum centavo dessa dívida deve ser paga, pois ela está inteira a serviço de enriquecer as elites econômicas.!

Por isso nós chamamos essa campanha para lutar pelo fim do pagamento da dívida, contra esses políticos que defendem seus imensos privilégios como “recompensa” pela defesa dos interesses dos capitalistas. O caminho para avançar nessa luta é a partir da mobilização independente dos trabalhadores e da juventude.

Aqui no estado do RS estamos sentindo com mais força a crise econômica. O pacotão de demissões e privatizações do Sartori vem no sentido de descarregá-la nas costas dos trabalhadores. Já não bastavam os parcelamentos dos professores e do conjunto dos servidores públicos, agora o governador quer parcelar o 13o enquanto os poderosos ganham largas isenções fiscais e continuam sonegando impostos bilionários, como a RBS e a Gerdau.

Outros estados também estão sofrendo com a crise de maneira brutal, como o RJ e agora recentemente com o declarado estado de calamidade financeira de MG. Em cada lugar os ajustes são semelhantes e fazem parte do plano de ataques dos governos para arrasar com os trabalhadores e a juventude de todo o país.

No RS, mas também RJ e MG, o estado continua honrando a dívida com a união para garantir os lucros das empresas e do capital financeiro.

Em escala nacional, os ataques do Temer vem no sentido de garantir a dívida pública, com a PEC 55, a Reforma da Previdência e outros ataques. O STF vem avançando paulatinamente na reforma trabalhista. Enquanto isso, segue a disputa entre o judiciário, a lava-jato e o legislativo para ver quem consegue responder aos anseios da crise política nacional da maneira mais reacionária possível. Nenhum desses setores responde aos interesses da população, mas tão somente em aplicar os ajustes que beneficiam as elites dominantes.

Resistir é necessário, mas não para repetir os mesmos erros do petismo. Ao se ligar com a direita, o PT pavimentou o caminho do golpe e agora não lutam de fato contra os ataques, com um plano de ação sério rumo a uma greve geral. Eles estão querendo apenas desgastar Temer visando as eleições de 2018. Combater a direita golpista, o congresso corrupto, a lava-jato reacionária de Sergio Moro e o judiciário é necessário, e de maneira independente do PT. Fazemos um chamado a participarem dessa campanha conosco para enfrentar a ganância dos capitalistas e fortalecer uma voz que aponte a uma saída para a grave crise que vivemos!

PELO NÃO PAGAMENTO DA DÍVIDA PÚBLICA! ABAIXO A PEC 55, A REFORMA DA PREVIDÊNCIA E OS ATAQUES DOS GOVERNOS E DO JUDICIÁRIO!!

Participam dessa campanha: Faísca (MRT e independentes), OC, EDEM e independentes.

Para mais informações sobre a campanha, ver aqui:

  •  Entenda a dívida pública.
  •  O que é o orçamento federal?
  •  Campanha pela dívida pública no Rio de Janeiro.
  •  Participe da campanha!


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