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REFORMA GOLPISTA AVANÇA | Com o silêncio das Centrais Sindicais, Deputados podem aprovar terceirização irrestrita hoje

terça-feira 21 de março de 2017 | Edição do dia

Rodrigo Maia apressa a Câmara de Deputados, depois do que foi a demonstração de forças dos trabalhadores no 15M, para aprovar os ataques em parcelas os ataques brutais da reforma trabalhista de Temer. O PL 4302/98, que amplia a terceirização para qualquer forma de serviço, deve ser votado hoje. O plenário começa às 13:55, e o projeto já foi aprovado no Senado em 2002, ou seja, assim que votado vai para sanção presidencial.

Maia lidera os golpistas do congresso para aprovar os ataques de Temer. Após o repúdio em massa representado pelo 15M à reforma da previdência, tenta passar outros ataques para pegar os trabalhadores desprevenidos. A ausência de um plano de lutas por parte da CUT, CTB, Força Sindical facilita aos golpistas atacarem os direitos dos trabalhadores. Estas Centrais, que foram obrigadas pela pressão dos trabalhadores a no 15M a organizar as manifestações contra a reforma da previdência, em geral buscam costurar um acordo nas costas dos trabalhadores, seja para usar as manifestações pelo “Lula 2018” no caso da CUT e CTB, seja por negociar a “reforma da previdência do Paulinho da Força” (caudilho da Força Sindical aliado dos golpistas) que também representa ataques aos trabalhadores.

Se passar, o ataque aprofunda a terceirização incorporando as chamadas “atividades fim” (fazer cirurgias em um hospital, dar aulas em uma universidade, etc), e com isso também deve piorar a situação dos trabalhadores que já são terceirizados, os que exercem a “atividade meio” (limpeza, segurança, transporte etc) sem a qual é impossível exercer qualquer das “atividades fim”.

Como denunciamos neste diário, A terceirização, divide os trabalhadores entre efetivos e terceirizados, brancos e negros, homens e mulheres (no caso da limpeza e outros setores precários, vemos uma ampla maioria de mulheres negras). Trata-se de uma prática racista e machista que a patronal se utiliza para manter o seu controle e ampliar a exploração. O racismo e o machismo, no caso, permitem aos empresários colocarem os negros e as mulheres negras nos piores postos de trabalho, com as menores médias salariais do país, e por essa via aumentar o seu lucro. Não combater a terceirização é fazer coro com a patronal, com o machismo e o racismo.

O 15M mostrou a força de vontade por uma greve geral contra os ataques aos trabalhadores. No entanto para isso ocorrer é necessário que as Centrais abandonem sua passividade e inação com relação aos ataques aos trabalhadores, como a reforma trabalhista de Temer, que vem “em parcelas” mas é contra todos. Por isso é preciso colocar um plano de lutas que unifiquem os trabalhadores de todas categorias, efetivos e terceirizados, para impor que sejam os capitalistas que paguem pela crise.

Esta medida poder ser aprovada hoje, Dia Internacional do Combate ao Racismo, é ainda uma demonstração do que pretendem os políticos da burguesia, neste mesmo dia querer submeter milhões de trabalhadores a um regime de semi-escravidão. É tarefa número um para a união de nossa classe combater a divisão das fileiras dos trabalhadores, lutando contra este PL da terceirização irrestrita, defendendo a incorporação dos trabalhadores que já são terceirizados sem necessidade de concurso, igualdade de salários entre negros e brancos, mulheres e homens.

Leia também: As centrais devem organizar a resistência contra a terceirização e os ataques urgentemente




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