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ALIANÇA REACIONÁRIA | Com festival de reacionarismo, Bolsonaro lança partido de extrema-direita

Evento que lançou na última quinta-feira (21) a “Aliança Pelo Brasil”, novo partido de extrema-direta feito por e para o Clã Bolsonaro, à sua imagem e semelhança, contou com diversas manifestações reacionárias por parte dos políticos e dos apoiadores presentes.

sexta-feira 22 de novembro de 2019 | Edição do dia

Após crise interna no PSL que resultou num racha do partido, e junto do anúncio do ultra-reacionário projeto de lei que é uma verdadeira “licença para matar” e certeza de impunidade aos militares e policiais, Bolsonaro e seu clã (com destaque para a entrada do seu filho caçula Jair Renan Bolsonaro à política) lançaram ontem em um evento no anfiteatro do hotel Royal Tulip de Brasília a nova sigla da ultra-direita chamada “Aliança Pelo Brasil”. O presidente brasileiro ultra-reacionário Jair Bolsonaro será também presidente do partido, e seu primogênito Flávio Bolsonaro e atualmente senador será o vice-presidente.

A criação do novo partido passa por um impasse em relação à disputa eleitoral de 2020, pois caso o TSE não aceite o recolhimento digital das 500.000 assinaturas necessárias (a decisão será conhecida na próxima terça-feira), dificultará muito a legalização do partido em tempo de concorrer nas eleições municipais pois teriam menos de 5 meses para reunir as firmas reconhecidas por cartórios (ainda que não seja impossível, diante das fortes condições materiais da burguesia de formar partido no regime anti-democrático brasileiro).

O próprio lançamento contou com cenas deploráveis e foi um show de reacionarismo: quadro com cartuchos de munição como símbolo do novo partido, homenagens ao torturador Brilhante Ustra, defesa de assassinato para supostos “bandidos”, grito de rodeio, clamor e “piadas” pedindo “morte para esquerdistas”, demagogia com o combate a corrupção (enquanto o próprio clã Bolsonaro está envolvido em diversas investigações), “críticas” à imprensa (especialmente à Globo), defesa das absurdas escolas militares, demagogia populista, patriótica e desenvolvimentista, entre “piadas” homofóbicas, racistas e misóginas.

Para coroar a metáfora reacionária, o número cogitado para a sigla será 38, em referência ao calibre 3.8, famoso “treis oitão”, em referência a uma de suas marcas que é a questão armamentista (em chave reacionária). É importante acompanhar como se desenvolvem essas questões, pois ainda que do ponto de vista eleitoral possa significar uma tática arriscada, é um movimento forte do clã Bolsonaro no sentido de organizar seu núcleo duro mais “fascistizante”, de conseguir capitalizar sozinhos essa base, ou em negociações com outras forças, mas sob seus próprios critérios, tentando se limpar um pouco da lama que se meteram nesse pouco mais de 1 ano no PSL etc, tentando se localizar melhor no tabuleiro da política brasileira.




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