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Crise climática | Com avanço da devastação ambiental, Pantanal atinge índices de queimadas iguais de 2020

Do início do ano até agosto de 2021, as áreas atingidas pelas queimadas no Pantanal são equivalentes a porcentagem de áreas atingidas no mesmo período no ano passado.

segunda-feira 23 de agosto de 2021 | Edição do dia

No terceiro ano seguido de altas secas e também sob o impacto de fortes geadas, o Pantanal já registra o mesmo patamar de área destruída pelo fogo no mesmo período em relação a 2020, quando sofreu os maiores impactos ambientais devido a devastação criminosa pelo o latifúndio e o agronegócio. Desde o inicio do ano até sábado (21), a maior planície alagável do mundo já havia perdido 261,800 hectares para o fofo, o equivalente a dois municípios inteiros do estado do Rio de Janeiro. O que é praticamente a mesma área que foi atingida pelas queimadas no mesmo período do ano passado (265,300 hectares).

Segundo fontes do Ibama, a situação se deteriorou rapidamente nos últimos dias. Até o fim do mês de julho, haviam sido registrados 56 % menos focos de incêndio do que no ano passado. Agora na última semana os números avançaram elevadamente. Diferente de 2020, quando os grandes incêndios se alastraram primeiro pelo Pantanal de Mato Grosso, neste ano a região mais afetada vem sendo o sul do Pantanal de Mato Grosso do Sul.

Após toda a destruição do ano passado, quando cerca de um terço do Pantanal foi devastado, as chuvas não foram suficientes para recuperar rios e inundar as baías e os corixos. Até o dia 20 de agosto, o rio Paraguai, o mais importante rio do Pantanal, atingiu 0,44 metro em Cáceres (MT), o nível mais baixo registrado no local. No mesmo dia de 2020, era de 0,70 metro. O nível médio para o período é 1,49 metro.

Esses dados mostram como a crise climática, combinada com a destruição criminosa das florestas brasileiras são frutos da ganância e irracionalidade capitalista, que segue poluindo o meio ambiente sem parar e vem gerando impactos climáticos e ambientais cada vez mais irreversíveis. É mais escandaloso ainda que muitas queimadas que vem ocorrendo desde 2019 são dentro de propriedades latifundiárias, onde fica claro que se trata de incêndios criminosos feita pelos os donos do agronegócio, inclusive com “eventos” marcados para esse crime, como foi o “Dia do Fogo”, marcada pelos grandes fazendeiros para atear fogo na floresta amazônica. O agronegócio é umas bases sociais do Governo de Bolsonaro e Mourão, que sempre fizeram “pouco caso” das queimadas, para não dizer um complô criminoso da destruição do meio ambiente.

Veja também: Para salvar a Amazônia da destruição ambiental é preciso destruir o capitalismo




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