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GREVE DA GM | Com apoio de várias entidades sindicais, trabalhadores da GM fecham Dutra

Em greve desde segunda-feira contra demissões, trabalhadores da GM fizeram importante ato em São José dos Campos e fecharam a rodovia Presidente Dutra. A greve segue fortalecida e a empresa leva negociação ao TRT.

Leo AndradeCampinas

sábado 15 de agosto de 2015 | 02:42

Enquanto os trabalhadores da GM seguem em uma forte greve durante toda a semana, a empresa seguiu demitindo até esta sexta-feira. O número exato de demitidos não é confirmado, mas deve chegar a aproximadamente 800 trabalhadores segundo o Sindicato de Metalúrgicos de São José dos Campos.

Apesar da truculência da patronal que segue demitindo e se nega a negociar com o sindicato, a greve segue em ascendente e já recebe apoio de entidades sindicais de todo o país. Ontem (14) o sindicato, filiado à CSP-Conlutas, chamou um ato e compareceram diversas centrais sindicais e sindicatos de diversas categorias do estado. O ato saiu da GM e foi até o centro da cidade, passando pela Dutra que ficou fechada por pouco mais de uma hora. Participaram cerca de 2 mil trabalhadores.

Intersindical, CUT, CGTB, Unidos pra Lutar, Sindicato dos Metalúrgicos de Campinas e Região, Químicos de São José dos Campos e Vale do Paraíba, Sindicato dos Metroviários de São Paulo, Sindicato dos Trabalhadores da USP, Sindicato dos Metalúrgicos de Itajubá, Movimento Nossa Classe, entre outras diversas entidades saudaram e compuseram o ato que foi até o centro da cidade.

Além das diversas entidades sindicais, discursaram também o prefeito de São José dos Campos, do PT e vereadores da cidade. O prefeito se colocou à disposição a intermediar negociações com a empresa. A ironia é que o prefeito é do mesmo partido que vem implementando os ajustes nos quatro cantos do país e deu vida ao PPE.

O Centro Acadêmico de Ciências Humanas da Unicamp e a Juventude às Ruas da Letras da USP, entregaram um pequeno fundo de greve que foi arrecadado na quinta-feira, como medida inicial de uma profunda solidariedade que convocam a juventude a construir em apoio aos operários em greve.

A greve da GM vem apontando um caminho para como encarar as demissões, no momento em que já somam mais de 92 mil demissões na indústria este ano só no Estado de São Paulo. A CUT vem encabeçando o Programa de Proteção ao Emprego na região do ABC e os trabalhadores da GM tem a oportunidade de mostrar outro caminho em defesa do emprego, sem que os trabalhadores paguem pela crise.

É preciso ampliar a solidariedade à greve na GM para que seja vitoriosa. Na próxima segunda-feira, às 14h terá reunião de conciliação no TRT da 15ª Região, em Campinas, e o Sindicato está chamando a construção de um ato na porta.




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